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CPI da Covid: senador faz requerimento para convocar Carlos Bolsonaro

Em depoimento na CPI da Covid, o gerente-geral da Pfizer afirmou que Carlos Bolsonaro participou de reuniões em que a farmacêutica discutiu a venda de vacinas

Carlos Bolsonaro participou de reunião com a Pfizer (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlos Bolsonaro participou de reunião com a Pfizer (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2021 às 08h42.

Última atualização em 14 de maio de 2021 às 10h58.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou na quinta-feira requerimento para convocar o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro, à CPI da Covid, informou o parlamentar em sua conta no Twitter.

Vieira disse ter apresentado também requerimento de convocação do assessor especial da Presidência Filipe Martins para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito e de quebra dos sigilos do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten.

"Apresentei o requerimento de convocação de Carlos Bolsonaro e Filipe Martins, citados como participantes de reunião 'paralela' sobre vacinas, bem como o pedido de quebra dos sigilos de Wajngarten. A investigação técnica exige estas medidas. Quem não deve não teme", escreveu o parlamentar na rede social.

Em depoimento na CPI da Covid no Senado na quinta, o gerente-geral da farmacêutica Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, que até fevereiro deste ano comandava a companhia no Brasil, disse que Carlos Bolsonaro e Filipe Martins participaram de reuniões em que a farmacêutica discutiu a venda de vacinas contra Covid-19 com o governo federal.

Também em depoimento à CPI da Covid na semana passada, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse que o presidente Bolsonaro tinha um aconselhamento paralelo na gestão da pandemia e citou que Carlos Bolsonaro participou de uma reunião do governo.

Também em publicação no Twitter, feita antes de Vieira anunciar que pediu sua convocação, Carlos Bolsonaro, de 38 anos, criticou os que, segundo ele, "tentam impedir um filho de ficar próximo do pai".

"Por que se sentem tão incomodados? Sei que existem pessoas que não gostam dos seus e outros 'forçam' você a não gostar do seu. Jamais me impedirão de ficar ao lado do meu velho, mesmo que por pouco tempo atualmente!", escreveu o vereador.

"Só avisando aos caras que odeiam seus próprios pais, como visto na timeline, semana que vem irei visitá-lo novamente!", acrescentou.

Wajngarten prestou depoimento à CPI na quarta e foi acusado por senadores de mentir no depoimento. O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu a prisão de Wajngarten em flagrante, mas a medida foi rechaçada pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

O requerimento de Vieira para convocar Carlos Bolsonaro e Martins e quebrar os sigilos de Wajngarten terá de ser votado e aprovado pelos parlamentares da CPI para que o filho e o assessor de Bolsonaro sejam convocados.

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