Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante entrevista coletiva em Brasília 06/07/2021 REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters)
Alessandra Azevedo
Publicado em 7 de outubro de 2021 às 11h40.
Última atualização em 7 de outubro de 2021 às 16h48.
A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira, 7, a terceira convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após ele ter se recusado a responder um questionário enviado pelo colegiado na terça-feira, 5, sobre o Plano Nacional de Imunizações para 2022. A CPI deu 48 horas para que o ministro enviasse as respostas, mas não teve retorno.
Os senadores querem saber, por exemplo, o motivo de a pasta ter anunciado que não usará mais a vacina Coronavac no ano que vem. O ministro afirmou na terça-feira que a Coronavac só fará parte do PNI se tiver a aprovação definitiva da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Esta quinta-feira seria o último dia de depoimentos da CPI. Com a aprovação do requerimento, o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), definirá a data que Queiroga será ouvido. A expectativa é que a oitiva não afete o calendário, que prevê a votação do relatório final em 20 de outubro.
Também nesta quinta-feira, a CPI aprovou um requerimento pedindo ao ministro da Saúde, esclarecimentos, no prazo de 24 horas, sobre o motivo de a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) ter retirado de pauta um relatório contrário ao tratamento precoce.
"Se o senhor passou 15 dias nos Estados Unidos e já está de volta é porque o senhor teve a oportunidade de tomar a vacina. Por isso que o senhor está vivo. Infelizmente, quase 600 mil pessoas morreram no Brasil por causa do tratamento precoce, que hoje a Conitec não está discutindo", disse Aziz.