O ex-jogador e senador Romário: "Posso te afirmar que o trabalho passa por abrir o sigilo da CBF, de federações, de clubes, de dirigentes, de presidentes" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2015 às 18h06.
A CPI instalada no Senado para investigar supostas irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá o ex-jogador e senador Romário (PSB-RJ) como presidente e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como relator, após eleição nesta terça-feira.
"Posso te afirmar que o trabalho passa por abrir o sigilo da CBF, de federações, de clubes, de dirigentes, de presidentes. Esse é o papel da CPI", disse Romário, segundo a Agência Senado.
Romário protocolou pedido de criação da CPI no final de maio, depois que sete dirigentes do futebol mundial foram presos em Zurique, como parte de investigações dos Estados Unidos e da Suíça sobre corrupção no esporte.
Entre os presos está o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que comandou a entidade de 2012 a abril deste ano e foi o presidente do comitê organizador local da Copa do Mundo de 2014.
O ex-atacante, campeão do mundo com o Brasil em 1994, disse que entre os nomes que pretende investigar estão os dos ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira e Marin, além do atual comandante da entidade, Marco Polo Del Nero.
Romário e Jucá afirmaram que pretendem pedir colaboração no exterior, especialmente do FBI, que investiga denúncias de corrupção, suborno e outras irregularidades no futebol.
Apesar de ter sido eleito por aclamação para a presidência da CPI, o ex-jogador admitiu que sua intenção era ocupar a relatoria. O nome do vice-presidente ainda não foi anunciado.
"O mais importante é que eu estou 100 por cento preparado para encabeçar uma mudança definitiva no nosso futebol", disse Romário.