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CPI contra Júlio Lancellotti reúne novas assinaturas e é protocolada na Câmara de SP

Embora seja alvo de críticas de partidos de esquerda, como PT e PSOL, a proposta tem o apoio do presidente da Casa, Milton Leite

Padre Julio Lancelotti  (Divulgação)

Padre Julio Lancelotti (Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 14 de março de 2024 às 19h42.

O vereador Rubinho Nunes (União) realizou um novo pedido de investigação contra o Padre Júlio Lancellotti, reunindo a quantidade de assinaturas suficiente para protocolar, nesta quarta-feira, a chamada CPI das ONGs na Câmara paulistana. A iniciativa, que surgiu em janeiro, já havia conseguido aval para ser aprovada, mas perdeu força com a repercussão negativa, que levou pelo menos oito vereadores a retirarem seu apoio.

A intenção de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) surgiu para apurar possíveis crimes na atuação de ONGs que realizam trabalho comunitário destinado à população de rua e aos dependentes químicos da cidade, mas já conta com novo texto, que recebeu 19 adesões de parlamentares.

Embora seja alvo de críticas de partidos de esquerda, como PT e PSOL, a proposta tem o apoio do presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil).

De acordo com informações do Valor Econômico, o novo documento agora possui maior foco no Padre, já que o vereador diz ter recebido denúncias de crimes sexuais contra o religioso, mudando o escopo da CPI.

Parte das denúncias remeteria a acusações antigas, e arquivadas, feitas por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), do qual Rubinho fez parte até outubro de 2022.

A ementa do pedido não dá detalhes das denúncias, mas afirma que o objetivo da comissão será apurar "violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo".

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