Tanques da Petrobras: requerimento também quer apurar denúncias de "superfaturamento" em convênios do programa de rede digital (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 20h30.
Brasília - O pedido de criação de uma CPI "ampliada" da Petrobras no Senado, feito pela base aliada, contou com o apoio de 32 parlamentares. Além de "copiar" os quatro pedidos que constam do requerimento da CPI apresentado minutos antes pela oposição, o pedido da base aliada quer investigar os contratos do Metrô em São Paulo em gestões do PSDB e no Distrito Federal.
Formalmente, tanto a CPI dos aliados como a apresentada pela oposição só serão criadas após duas decisões. A primeira é se, após terem sido lidas em plenário, senadores vão retirar até a meia-noite de hoje o apoio mínimo necessário para as respectivas comissões. A da oposição, por exemplo, está com 30 nomes no momento. A segunda decisão é se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai manter amanhã a criação das duas, depois de base e oposição terem, separadamente, questionado a amplitude das investigações.
O requerimento da CPI "ampliada" da Petrobras também quer apurar denúncias de "superfaturamento" em convênios do programa de rede digital. Os aliados dizem nos bastidores que o objetivo é fustigar o governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos.
A base aliada no Senado reuniu apoios de 12 senadores do PT, de oito do PMDB, de quatro do PTB, de três do PR, do PCdoB (2), PV (1) e PP (1). Uma assinatura, segundo o requerimento a que o Broadcast Político teve acesso, está ilegível.
No contra-ataque ao pedido da oposição, os aliados argumentam que é preciso investigar os "graves ilícitos" envolvendo a compra de trens, metrôs e sistemas auxiliares reveladas por investigações conduzidas pela Justiça de outros países, como nos Estados Unidos, Suíça e França.