Capacidade: atualmente a cidade tem 1.897 leitos de UTI para atendimento da covid-19. (Luis Alvarenga/Getty Images)
Clara Cerioni
Publicado em 3 de junho de 2020 às 14h24.
Última atualização em 3 de junho de 2020 às 15h01.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse nesta quarta-feira, 3, m entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.que a solicitação de internação em leitos de UTI na capital caiu nas últimas duas semanas.
A taxa de ocupação de leitos de UTI para atender pacientes com coronavírus é um dos critérios usados pelo governo do estado para definir em qual fase uma região está no Plano São Paulo, que estabelece a reabertura da economia.
Atualmente, este número é de 63% na cidade, que tem 1.897 leitos de UTI para atendimento a este grupo de pacientes.
"Nós percebemos uma subida abrupta entre no final de março e o início de abril, chegando a 28 solicitações por dia. Durante 15 dias nós conseguimos manter essa curva achatada, chegando a 33. Por mais um mês ele continuou a subir, chegando a 52 casos diários. Durante duas semanas este número foi mantido, atingimos um platô", disse ele.
Ele afirmou ainda que o número de solicitações de internação em UTI vem caindo, o que fez com que a taxa de ocupação de leitos ficasse em 63% nos últimos sete dias.
"O que a gente percebe nas últimas duas semanas é uma fase decrescente de solicitação de leitos de UTI na cidade de São Paulo", disse.
Mesmo com estes dados, Covas alertou que a quarentena continua e Doria disse que "São Paulo não liberou geral".
Atualmente, a cidade está na fase 2 da quarentena no Plano São Paulo, que tem uma escala de 1, sendo a mais restritiva, até a 5, com a volta total das atividades.
O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann, disse que entre ontem e hoje foram registrados 5.188 novos casos, alta de 4,4%, e 282 novos óbitos, um crescimento de 3,5%. O estado de São Paulo tem 123.483 infectados e 8.276 vítimas.
De acordo com o governador João Doria (PSDB), as medidas implementadas pelo Estado ajudaram a salvar 1 milhão de pessoas da contaminação e evitaram 70 mil óbitos e isso é o motivo pelos quais não há hospitais em colapso no estado.
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), afirmou que o governo projeta um aumento do número de casos confirmados da covid-19 para o mês de junho entre 1,7 e 2,4 vezes o valor registrado no início do período, em 1º de junho. De acordo com o vice-governador, a expectativa, porém, é um ritmo de crescimento da doença de 30% a 50% menor que no mês de maio.
Segundo Garcia, espera-se que ao final do mês, no dia 30 de junho, São Paulo tenha entre 190 mil e 165 mil casos confirmados do coronavírus e "não há surpresa" nos números que vem sendo anunciados.
(Com Estadão Conteúdo)