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Covas planeja investir R$ 5 bi, menor valor dos últimos 10 anos em SP

A Prefeitura atribui a queda dos investimentos principalmente ao aumento na despesa com a Previdência

Bruno Covas (Leon Rodrigues/SECOM/Divulgação)

Bruno Covas (Leon Rodrigues/SECOM/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de setembro de 2018 às 10h44.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), está prevendo para 2019 o menor volume de investimentos dos últimos dez anos. Os R$ 5 bilhões estimados pela administração, valor apresentado na sexta-feira, 28, na entrega da proposta orçamentária à Câmara Municipal, contam com a efetivação de privatizações, como a do Complexo do Anhembi e a do Estádio do Pacaembu. Esses e outros projetos correspondem a cerca de 20% da receita que poderá ser convertida em novas obras para a cidade.

A lei orçamentária para este ano previa R$ 5,7 bilhões em investimentos, o que não deve se concretizar. A gestão Covas já atualizou o valor para R$ 4,4 bilhões, dos quais, até setembro, só R$ 1,1 bilhão foi executado.

Com a dificuldade em concretizar os projetos de privatização, a Prefeitura voltou a prever no orçamento do ano que vem os valores que já constam do orçamento deste ano.

A concessão do Pacaembu foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Município. A Corte também havia suspendido a venda do Anhembi, negócio que já foi liberado.

Previdência

A Prefeitura atribui a queda dos investimentos principalmente ao aumento na despesa com a Previdência. "Há um crescimento bastante acelerado desse gasto, que subiu perto de 15%. Com isso, há menos espaço para as outras secretarias", disse o secretário da Fazenda, Caio Megale.

Segundo ele, as pastas mais afetadas são Habitação, que deverá ter uma redução de R$ 136 milhões no orçamento, e Infraestrutura Urbana e Obras, de R$ 164 milhões.

A gestão diz que a capacidade de investimento pode ser recuperada por operações de crédito previstas para a Saúde e Transportes, no valor de US$ 100 milhões.

No total, o orçamento terá crescimento de 6,7%, chegando a R$ 60 bilhões, com mais recursos para Educação. Saúde, Transportes e Segurança. A proposta passará por discussão dos vereadores.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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