UFMG: “Os cotistas entram na UFMG mais bem preparados que os não cotistas de poucos anos atrás”, disse o pró-reitor de Graduação (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 19h22.
São Paulo - Reportagem desta terça-feira do jornal O Estado de Minas mostra que alunos que entraram pelo sistema de cotas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) obtiveram notas melhores do que os não cotistas que ingressaram no vestibular de 2013, ano final em que o vestibular foi a principal porta de entrada para os cursos da instituição.
Considerado um dos cursos mais concorridos na UFMG e em qualquer universidade do país, medicina viu os estudantes cotistas alcançarem a nota mínima de 750,02 pontos para assegurar uma vaga no curso, enquanto em 2013 os demais alunos tiveram pontuação de 685,3 pontos.
“Os cotistas entram na UFMG mais bem preparados que os não cotistas de poucos anos atrás”, disse ao jornal o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi.
Se em 2013 a reserva de cotas era de apenas 12,5% do total de vagas, a reserva de vagas chegou a 50% das vagas neste ano – das 6.279 vagas, 3.142 foram destinadas às cotas de escola pública.
“Era um sonho fazer faculdade. Minha mãe sempre insistiu para que eu e meus irmãos estudássemos. As cotas nos possibilitam acesso a algo que é nosso”, disse a estudante Talita Barreto, de 20 anos, aprovada para o curso de engenharia na UFMG.
No seu Facebook, a jovem compartilhou um diálogo que teve com a sua mãe, logo após a publicação da reportagem.
Mostrando pra minha mãe essa reportagem ela me disse:- AHH EU DEVIA LEVAR PRA FULANA (dona da casa aonde ela trabalhou...
Publicado por Talita Barreto em Terça, 26 de janeiro de 2016
Ainda de acordo com a reportagem, o aumento da nota de corte está relacionada à adoção do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) – eram 60 mil candidatos disputaram as vagas na UFMG em 2013, número que subiu para 195,6 mil candidaturas no vestibular deste ano.
Para quem acredita que a qualidade da universidade vai cair com mais cotistas, o pró-reitor avisa: “No que diz respeito à qualidade, tudo indica que não exista nenhuma razão para preocupação”.
De acordo com ele, não há diferença de desempenho na universidade entre cotistas e não cotistas.