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Costa se reunia com doleiro da Lava Jato, diz contadora

Segundo Meire Poza, ex-diretor da Petrobras fazia reuniões com Alberto Youssef na sede da GFD Investimentos

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa durante depoimento no Senado (Geraldo Magela/Agência Senado)

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa durante depoimento no Senado (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 08h44.

São Paulo - A contadora Meire Poza declarou à Justiça Federal que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa fazia reuniões com o doleiro Alberto Youssef na sede da GFD Investimentos - empresa de fachada por meio da qual, segundo a Polícia Federal, Youssef direcionava o pagamento de propinas a políticos e fazia remessas de valores para o exterior.

"O comentário na GFD era que o Alberto ganhava muito dinheiro a partir dessa relação com Paulo Roberto", disse a ex-contadora do doleiro, que está colaborando com as investigações.

Meire depôs na semana passada como testemunha em uma das ações penais contra Costa.

Questionada se o ex-diretor da Petrobras ia à GFD, afirmou: "Eu o vi. Na maioria das vezes quando ele estava lá, não sei precisar quantas vezes ia lá, ficava com Alberto. A gente não tinha contato com ele na GFD".

A contadora disse que os encontros ocorreram em 2013. Ela não soube informar se o doleiro e Costa se reuniam em outro endereço de Youssef.

Meire disse que o doleiro presenteou Costa com um Range Rover. "Eu soube dessa história do carro que Alberto teria dado de presente para Paulo Roberto. O comentário é que teria sido presente."

Meire relatou que Waldomiro de Oliveira, suposto laranja de Youssef na MO Consultoria, um dia a convidou para acompanhá-la à sede da Sanko-Sider Produtos Siderúrgicos. "Ele (Waldomiro) disse que tinha um valor, cento e poucos mil, para receber."

O Grupo Sanko, via assessoria de imprensa, divulgou nota sobre o testemunho. "Sólida argumentação, acompanhada de vasta documentação comprobatória e, ainda, depoimentos de testemunhas idôneas estão sendo apresentadas em juízo", diz o texto.

"A lisura de toda a atividade comercial desenvolvida pela empresa vem sendo reiteradamente confirmada. A Sanko-Sider atua com reconhecida responsabilidade e ética há 18 anos nesse mercado e repudia veementemente qualquer afirmação, seja de quem for, que tente associá-la a atos e atividades com as quais não tem nenhuma relação."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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