Paulo Roberto da Costa durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Talita Abrantes
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 10h39.
São Paulo – De acordo com reportagem de O Globo, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, afirmou ter recebido o equivalente a 55,2 milhões de reais de uma empreiteira estrangeira para facilitar negociações com a Petrobras.
A informação teria sido declarada em depoimento à Polícia Federal como parte do acordo de delação premiada, segundo a reportagem.
Além disso, ele teria recebido uma comissão equivalente a 3,6 milhões de reais por um dos grupos envolvidos na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
A transação está sendo investigada por uma CPI mista do Senado e da Câmara, que também apura irregularidades em outros contratos da estatal entre 2005 e 2014.
O caso de Pasadena é um dos de maior repercussão. A refinaria no estado do Texas, nos Estados Unidos, foi comprada pela Petrobras por 1,2 bilhão de dólares, em 2007. Pouco antes, seu antigo dono a havia comprado por 42,5 milhões de dólares.
No início do mês, a revista VEJA divulgou uma lista de políticos que estariam envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, segundo Costa.
Entre os nomes listados pelo ex-diretor da estatal estão o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB) e os presidente do Senado e Câmara dos Deputados Renan Calheiros (PMDB) e Henrique Eduardo Alves (PMDB).
Eduardo Campos (PSB) e Sérgio Cabral, ex-governadores de Pernambuco e Rio de Janeiro, respectivamente, também foram citados pelo ex-diretor.
Além deles, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) e Mário Negromonte (PP), ex-ministro das Cidades do governo Dilma aparecem na lista a que Veja teve acesso. Confira 8 respostas para desvendar (por ora) o escândalo da Petrobras.