Médicos: unidades privadas vão ofertar aos pacientes da rede municipal cerca de 61,6 mil exames (Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 13h38.
São Paulo - Após firmar convênio com hospitais privados, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) fará parcerias também com clínicas populares para tentar zerar a fila de espera por exames na rede municipal por meio do programa Corujão da Saúde.
A Prefeitura divulgou na terça-feira, 17, uma lista com as 20 instituições particulares que já aderiram ou deverão formalizar nos próximos dias a adesão ao projeto.
Entre os parceiros estão a Dr. Consulta e a Megamed, duas das redes de clínicas populares que ganharam força nos últimos anos com o aumento de brasileiros que ficaram sem plano de saúde após perderem o emprego.
Como atrativos aos clientes, as clínicas oferecem agendamento rápido, fácil acesso às unidades (algumas localizadas dentro de estações do Metrô), preços baixos e parcelamento do valor do atendimento em até dez vezes sem juros.
Maior rede do tipo, a Dr. Consulta teve sua primeira unidade inaugurada em 2011 e, em apenas seis anos de existência, já chegou a 28 clínicas em toda a Grande São Paulo. A empresa começou focada na oferta de consultas com especialistas a um preço inferior a R$ 100, mas hoje faz também mais de 1 mil tipos de exames.
A Megamed foi inaugurada em 2013 e tem uma única unidade, em Artur Alvim, zona leste, mas deverá abrir a segunda clínica em breve, segundo informações do site da empresa.
Procuradas, a Dr. Consulta confirmou o interesse em participar do Corujão, mas disse que ainda está analisando as condições do edital. Nenhum representante da Megamed foi localizado na terça-feira, 17.
Fazem parte ainda da lista das 20 instituições privadas que participarão do programa os hospitais Albert Einstein, Edmundo Vasconcelos, Sepaco, Santa Casa de Santo Amaro, Santa Marcelina de Itaquera e Cruz Azul, que já começam a atender nesta semana; Santa Casa de São Paulo, Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho, Cetrus, Dasa-Lavoisier, Hospital Santa Joana, Beneficência Portuguesa, Aviccena, Hospital Presidente e Tadao Mori, que gradativamente entrarão no Corujão; além dos Hospitais Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e HCor, que já iniciaram o atendimento na semana passada.
A rede Dasa-Lavoisier será a instituição a oferecer o maior número de exames (16.380).
Juntas, todas as unidades privadas vão ofertar aos pacientes da rede municipal cerca de 61,6 mil exames. Segundo a secretaria, elas receberão da Prefeitura o valor da tabela SUS pelo procedimento realizado.
Os demais exames serão feitos pelas unidades próprias da rede municipal em horários alternativos, de acordo com a capacidade ociosa de cada centro médico.
Também na terça-feira, 17, a Prefeitura divulgou o balanço da primeira semana do Corujão da Saúde. Segundo a pasta, 25 mil exames foram feitos e 243,5 mil pacientes tiveram seus procedimentos agendados, o equivalente a pouco mais da metade da fila de espera, que hoje tem 485 mil nomes.
Cerca de 137,1 mil foram agendados para janeiro, outros 79,9 mil para fevereiro e 20,6 mil para março. A promessa de campanha de Doria é zerar a fila em três meses.
Os pacientes que estão na espera há mais de seis meses terão de passar por uma consulta de reavaliação médica antes de agendar os exames. A Prefeitura firmou parceria com a Santa Casa de São Paulo para a realização desses atendimentos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.