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Corte não vai afetar projetos de inclusão digital, diz ministro

Apesar de ter sofrido um corte de 57% no orçamento, Ministério das Comunicações deve preservar programas que ampliam acesso à banda larga

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações: até 2011 era ele o responsável pelos cortes (Agência Brasil)

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações: até 2011 era ele o responsável pelos cortes (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 15h53.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, não se abalou com o corte de cerca de 57% no orçamento de sua pasta, anunciado hoje (28) pelo governo federal. Segundo ele, cortes terão que ser feitos, mas o ministério tentará preservar o Plano Nacional de Banda Larga e os projetos de inclusão digital.

“Vamos trabalhar com o orçamento que foi dado. Com certeza, teremos que tirar alguma coisa, restringir, fazer adequações no orçamento. Mas considero isso normal, não tem como ser diferente”, disse o ministro. O Ministério das Comunicações teve um corte de R$ 603,2 milhões de um orçamento total de R$ 1,055 bilhão.

Ele considera as restrições orçamentárias como algo natural. “Sou o último a poder reclamar. Mas isso faz parte do jogo”, afirmou Bernardo, que até o ano passado era o responsável por anunciar os cortes nos orçamentos dos ministérios, como titular da pasta do Planejamento no governo Lula.

Bernardo avalia que o governo deve trabalhar com orçamento equilibrado e, na incerteza sobre o comportamento da receita, o melhor é evitar gastos excessivos. “É natural que, iniciando o ano, não temos ainda convicção de como vai se comportar a receita, tem a inflação, o governo está tomando medidas que vão desaquecer a economia. Quando a economia perde ímpeto, temos receita menor. Acho natural que tenha a adoção dessas medidas.”

O ministro disse que os técnicos do ministério ainda estão avaliando cada área para ver onde serão feitos os cortes. Mas, segundo ele, os planos de inclusão digital serão preservados e também o Plano Nacional de Banda Larga, gerenciado pela Telebras. De acordo com Bernardo, a estatal teve orçamento liberado no final do ano passado, que não foi atingido pelo corte do governo.

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