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Corrupção após Lava Jato certamente cairá, diz Compagn

Segundo o sócio líder da Ernst & Young no Brasil, o momento pelo qual o Brasil está passando é transformador e inimaginável há três ou quatro anos


	Lava Jato: segundo o sócio líder da Ernst & Young no Brasil, o momento pelo qual o Brasil está passando é transformador e inimaginável há três ou quatro anos
 (Divulgação/Polícia Federal)

Lava Jato: segundo o sócio líder da Ernst & Young no Brasil, o momento pelo qual o Brasil está passando é transformador e inimaginável há três ou quatro anos (Divulgação/Polícia Federal)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 12h39.

São Paulo - O sócio líder da área de Investigação de Fraude e Suporte a Litígio da Ernst & Young no Brasil, José Compagno, afirmou acreditar que o nível de corrupção no país após a aprovação de novas leis, como a Lei Anticorrupção, que entrou em vigor em 2014, e também depois da Operação Lava Jato, certamente cairá.

"Não tenho ilusão de imaginar que viraremos uma Finlândia, uma Dinamarca, mas sairemos dessa situação com um nível de corrupção muito diferente do que entramos e com um protocolo de relações público-privadas com outras percepções", comentou durante mais um evento da série Fóruns Estadão, sobre Governança Corporativa.

Segundo ele, o momento pelo qual o Brasil está passando é transformador e inimaginável há três ou quatro anos. "Nós estamos passando por uma compliance storm.

A quantidade de exemplos e lições aprendidos com a Lava Jato traz impactos significativos para as corporações", comentou.

Ele diz que a área forense da EY no Brasil conta com quase 300 funcionários e que o volume de operações de compliance nas empresas nacionais atualmente é "explosivo".

Ele apontou que muitas empresas foram utilizadas como veículos de pagamento de propina e que, após esses casos virem à tona, centenas de grandes corporações estão olhando suas estruturas e processos internos tentando identificar se eventualmente houve pagamento para essas empresas problemáticas.

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