As informações sigilosas, usadas pela polícia para convocar PMs em situação de urgência, teriam sido compartilhadas pelos criminosos por meio da rede social Facebook (Divulgação/Polícia Militar)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 13h42.
São Paulo - A Corregedoria da Polícia Militar investiga se policiais venderam uma lista com "plano de chamada" de cerca de 100 PMs, com nome e endereço, para integrantes da facção criminosa PCC. O "plano de chamada" tem o lugar em que todo policial pode ser encontrado em caso de urgência.
As investigações do órgão apontam que os dados teriam vazado de uma companhia do 35.º Batalhão da PM, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. A lista teria nomes dos homens dessa companhia. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo.
O Inquérito Policial Militar foi aberto em maio. As investigações começaram para tentar desvendar a ação de uma quadrilha de caixa eletrônico. Nas escutas autorizadas pela Justiça, uma das partes comenta que a lista foi vendida por preço baixo.
Em agosto, agentes penitenciários recolheram o celular de um preso ligado ao PCC com informações de policiais, levando a Corregedoria a fazer uma busca no 35.º Batalhão dias depois. Três computadores de onde a lista teria saído foram recolhidos.
As informações sigilosas, usadas pela polícia para convocar PMs em situação de urgência, teriam sido compartilhadas pelos criminosos por meio da rede social Facebook.
Em nota, a PM informou que descobriu pelo Facebook uma listagem apócrifa, sem origem e autoria e com dados de policiais. Segundo a nota, não consta registro de pagamento para nenhuma listagem nem envolvimento de policial na venda dessa lista.
Durante operação na Favela de Paraisópolis, na zona sul da capital, a PM encontrou uma lista com nomes de 40 policiais supostamente marcados para morrer.