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Brasil avalia deixar Coreia do Norte depois de aviso de país

Coreia do Norte se ofereceu para ajudar na retirada de diplomatas de todas as nações com representação no país. Brasil avalia "oferta", mas mantém embaixada


	O líder Kim Jong-un: recomendação que países esvaziem embaixadas aumenta impressão de que Coreia do Norte se prepara para guerra
 (KCNA/Reuters)

O líder Kim Jong-un: recomendação que países esvaziem embaixadas aumenta impressão de que Coreia do Norte se prepara para guerra (KCNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 16h14.

São Paulo – A embaixada brasileira em Pyongyang foi comunicada hoje de que receberá ajuda logística do governo norte-coreano para que os diplomatas deixem o país. Os brasileiros têm até o dia 10 deste mês para decidir se abandonam a representação diplomática. A mesma recomendação foi feita às 23 demais nações estrangeiras presentes na Coreia do Norte, em um momento de escalada da tensão que aumenta os temores de um possível conflito na península coreana. Por enquanto, o Itamaraty anunciou que manterá a embaixada.

Apenas seis brasileiros vivem hoje na Coreia do Norte, segundo o Ministério das Relações Exteriores: o embaixador Roberto Colin, sua mulher e filho, um funcionário administrativo, além da mulher e da filha do embaixador da Palestina, que também são brasileiras.

A ação da Coreia do Norte se baseia na Convenção de Viena, que afirma que países com embaixadas têm a obrigação de garantir a integridade dos diplomatas e dos bens da representação no território.

O Itamaraty afirma que ainda vai avaliar a ajuda oferecida por Pyongyang. Uma das possibilidades seria transferir a embaixada temporariamente para Dandong, na China, que fica a quatro horas por terra do território norte-coreano.

Os últimos dias têm sido de intensas movimentações militares no regime de Kim Jong-un, elevando o tom de representantes da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Os EUA instalaram mísseis na base militar de Guam, a mais próxima à Coreia.

A decisão de recomendar o esvaziamento das embaixadas aumenta a impressão de que a Coreia do Norte se prepara para uma guerra, embora analistas sempre tenham dificuldades para separar a realidade da retórica quando se trata do fechado regime comunista.

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