António Guterres: secretário-geral da ONU discursou na abertura da cúpula do clima em Madri (Sergio Perez/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 07h05.
Última atualização em 16 de dezembro de 2019 às 07h32.
COP-25 sem avanços concretos
A cúpula climática COP-25 conseguiu fechar, neste domingo, um documento para aumentar a ambição em relação às metas de enfrentamento às mudanças climáticas em 2020 e cumprir o Acordo de Paris, pelo qual os países se comprometem a impedir que a temperatura média do planeta suba acima de 1,5°C neste século. O texto, intitulado “Chile-Madri, hora de agir”, foi fechado quase dois dias após o dia marcado para o encerramento da conferência e após as negociações da maratona que duraram toda a manhã. O conteúdo ainda está longe de responder firmemente à urgência do tema, conforme reivindicado pela ciência e pela sociedade civil.
Salles: não deu em nada
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acredita que houve uma falta de acordo na 25ª Conferência das Partes (COP25), conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, que aconteceu ao longo dos últimos dias em Madri, na Espanha. Em seu Twitter, o ministro afirmou que a “COP-25 não deu em nada” e prevaleceu o “protecionismo” de alguns países. Salles questiona sobretudo a regulamentação do mercado global de créditos de carbono, que foi adiada para o próximo ano diante da falta de um acordo. “COP 25 não deu em nada. Países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem. Protecionismo e hipocrisia andaram de mãos dadas, o tempo todo”, escreveu.
O Brasil abriu um escritório comercial em Jerusalém neste domingo 15, na presença de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que confirmou a intenção de seu pai de transferir a embaixada do país para a Cidade Santa. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu também esteve presente. A abertura do escritório já havia sido anunciada pelo presidente em março, durante visita a Israel. Bolsonaro detalhou na ocasião que o escritório, que é uma representação da agência brasileira de promoção de comércio e investimento (Apex), seria responsável pelas áreas de ciência, tecnologia e inovação e negócios. O escritório comercial da Apex não tem status diplomático, e a embaixada brasileira em Israel fica hoje em Tel-Aviv, capital israelense. Mas, na cerimônia deste domingo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) reafirmou que seu pai ainda deseja mudar a embaixada para Jerusalém. “Me disse que é certo, é um compromisso, vai transferir a embaixada para Jerusalém, fará isso”, afirmou.
O novo Estádio Olímpico de Tóquio foi inaugurado neste domingo 15, sete meses antes do início dos Jogos Olímpicos organizados pelo Japão. Com capacidade para 68.000 pessoas, o estádio foi inaugurado com a presença do primeiro-ministro do país, Shinzo Abe. As obras duraram três anos e terminaram em novembro. O estádio custou 1,43 bilhão de dólares (cerca de 5,9 bilhões de reais), valor ligeiramente abaixo do orçamento aprovado. O projeto inicial chegou a ser descartado pelo governo por ser considerado caro demais. O estádio foi erguido em um local antes ocupado pelo estádio usado pelo Japão para sediar os Jogos Olímpicos de 1964. Além de sediar as cerimônias de abertura e encerramento, o espaço receberá as provas de atletismo.
Vitorioso após as eleições legislativas no Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson organiza nesta segunda-feira sua equipe de governo com o objetivo de remover os obstáculos ao Brexit. Com uma maioria jamais vista para os conservadores desde Margaret Thatcher, o líder Tory deve anunciar hoje a reorganização do seu governo, tendo como prioridade lançar o mais rápido possível as medidas para permitir a saída do Reino Unido da União Europeia em 31 de janeiro. Deve ainda se dirigir aos 109 parlamentares conservadores recém-eleitos entre os 365 assentos conquistados por seu partido na quinta-feira para exortá-los a trabalhar e alcançar o Brexit, pelo qual 52% dos britânicos votaram em junho de 2016.