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Coordenadora de Marina defende projetos para deficientes

Neca Setúbal disse que o contato com deficientes e familiares é importante para "customizar" os programas às necessidades das pessoas

Candidata à Presidência Marina Silva (PSB) acena para apoiadores durante campanha em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Candidata à Presidência Marina Silva (PSB) acena para apoiadores durante campanha em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 18h20.

São Paulo - Após participar de debate promovido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Paulo, a coordenadora do programa de governo da candidata a presidente Marina Silva (PSB), Neca Setúbal, disse nesta terça-feira, 23, que o contato com deficientes e familiares é importante para "customizar" os programas às necessidades das pessoas, sem recorrer mais a grandes pacotes.

"Não se trata de você fazer uma política lá de Brasília, grande, maravilhosa, um grande pacote. Não é isso. É você, ouvindo as demandas, pensar como você pode articular de uma forma mais perto dessa realidade aqui", disse ela.

Durante o debate, ela afirmou que hoje o Brasil tem já um quadro de bom amadurecimento em termos de leis inclusivas e que o País avançou no que se refere à inclusão social, mas que falta organizar a implementação dessas legislações.

"Essa organização com a sociedade acaba sendo lenta e precária", afirmou.

Neca afirmou que a proposta de Marina é que o Estado assegure o cumprimento de leis, como a que garante o acesso a escolas públicas por deficientes físicos e mentais, a da execução da legislação de cotas para pessoas com deficiência em empresas e também a da aplicação de multas para construções que não respeitam os requisitos de acessibilidade.

Segundo a coordenadora do programa de governo de Marina, muito desses erros acontecem por desinformação ou pela falta de parceria com a sociedade.

Neca lembrou que a candidata do PSB a presidente foi a única a apresentar um programa de governo e que cita a participação de conselhos populares na gestão pública, sem retirar o papel do Congresso.

O secretário-adjunto da secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, Marco Pellegrini (PSB), que é tetraplégico e também participa da campanha de Marina, afirmou que no governo federal do PT há aparelhamento nos instrumentos de gestão para o setor.

Pellegrini apontou que o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) é o secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira.

"No governo Marina, não há possibilidade de isso acontecer, como é hoje, quando sindicatos não são sindicatos, conselhos não são conselhos", afirmou.

Neca afirmou que a melhoria no atendimento dos direitos dos deficientes não é algo que acontecerá do dia pra noite no Brasil, mas que é um "compromisso estrito" da plataforma de Marina.

Um dos elementos que ajudará nessa direção será o aumento do volume de recursos para a saúde, a partir da proposta da candidata de destinar 10% da receita bruta da União ante 4% hoje, reforçou a coordenadora.

A proposta permitirá uma gestão mais integrada das políticas para pessoas com deficiência, afirmou.

Nesta terça, representantes do candidato tucano Aécio Neves também realizaram debate com a Apae de São Paulo. Segundo a associação, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi também convidada, mas não enviou um representante.

Outros candidatos presidenciais também foram chamados.

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