Também foram alvos da ação do Facebook outras páginas como a do próprio Movimento Brasil 200 (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de julho de 2018 às 16h48.
Brasília - O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), coordenador da recém-criada Frente Parlamentar Mista Brasil 200, quer propor a criação de uma "CPI do Facebook". "Vivemos em um País democrático", disse ele à reportagem. Goergen chegou a gravar e divulgar um vídeo nesta quarta-feira, 25, propondo a apuração da ação da rede social que retirou do ar páginas e contas ligadas aos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL) como parte da política da empresa de combate a notícias falsas. "Isso é inaceitável. Estamos estudando a possibilidade de buscarmos assinaturas para a criação de uma CPI do Facebook", afirmou o deputado no vídeo.
Também foram alvos da ação do Facebook outras páginas como a do próprio Movimento Brasil 200, que é ligado ao ex-pré-candidato à Presidência Flávio Rocha (PRB). De acordo com a rede social, as contas faziam parte de uma rede coordenada que usava contas falsas para disseminação de conteúdos sem deixar claro a origem da informação. O Facebook diz que desativou 196 páginas e 87 contas no Brasil.
Goergen disse que vai agendar uma reunião com os deputados da frente na próxima semana para avaliar a situação. "Não tivemos nenhum aviso prévio e quero entender a situação para não fazer algo precipitado", disse.
O ex-presidenciável Flávio Rocha usou justamente sua página no Facebook para criticar a situação. "Conclamo a bancada do Brasil 200 no Congresso Nacional a tomar posição sobre essa arbitrariedade. Nem no tempo da ditadura se verificava tamanho absurdo", escreveu Rocha. O líder do PRB na Câmara, deputado Celso Russomanno (SP) disse à reportagem que iria conversar com o partido para definir quais providências devem ser tomadas.