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Coordenador da FUP diz que população não será afetada pela greve

O esperado é que os três dias de manifestação não sejam suficiente para comprometer estoque de petróleo das refinarias

Greve: devido a uma derrota na Justiça, petroleiros são obrigados a manter pelo menos 30% da produção em períodos de paralisação (Ricardo Moraes/Reuters)

Greve: devido a uma derrota na Justiça, petroleiros são obrigados a manter pelo menos 30% da produção em períodos de paralisação (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2018 às 16h50.

Rio - Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que lidera a greve nas unidades da Petrobras, José Maria Rangel divulgou vídeo nas redes sociais no qual culpa o presidente da empresa, Pedro Parente, e o presidente da República, Michel Temer, pelos efeitos à população da greve dos caminhoneiros.

Ele nega que a paralisação dos petroleiros iniciada a zero hora desta quarta-feira atingirá o consumidor.

"Não vai ocorrer desabastecimento. Nós petroleiros e petroleiras sempre tivemos responsabilidade com as necessidades básicas da população", afirmou Rangel, acrescentando que, por causa dos protestos dos caminhoneiros, os tanques de armazenamento das refinarias da Petrobras estão cheios de derivados de petróleo.

O esperado é que os três dias de manifestação não sejam suficiente para comprometer esse estoque.

Pela legislação que rege as greves, a 7.783, o fornecimento de combustível é considerado essencial à população e, por isso, deve ser garantido pelos manifestantes.

Desde 1991, devido a uma derrota na Justiça, os petroleiros são obrigados a manter pelo menos 30% da produção em períodos de greve.

Na paralisação de 1995, a maior realizada pela categoria, feita durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a parada dos trabalhadores durou 32 dias. Essa foi a única a impactar o abastecimento do País.

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