Dilma e Lula na reeleição de 2014: R$ 1,651 milhão foi emitido pela empresa em nome da campanha presidencial petista (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula/ Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2015 às 20h52.
Brasília - O coordenador jurídico da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, Flávio Caetano, negou nesta terça-feira, 25, irregularidades na contratação da empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME.
Hoje, o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo relatório técnico elaborado pelo Fisco Paulista que detectou irregularidades na empresa, que foi contratada pela campanha da petista.
A empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME foi aberta em agosto de 2014 e somente entre agosto e setembro emitiu notas fiscais no valor de R$ 3,683 milhões. Deste valor, R$ 1,651 milhão foi emitido em nome da campanha presidencial petista.
Segundo o apurado, não há nenhum destaque de impostos nas notas fiscais emitidas e não há "registro de entrada de materiais, produtos e serviços". A empresa seria responsável por entregar produtos de publicidade, placas, standards e faixas, além de despesas com pessoal.
Em nota, Flávio Caetano alega que "todas as empresas contratadas pela campanha, inclusive a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, foram selecionadas após apresentação de diversas propostas de prestação de serviços".
"As empresas que apresentaram preços mais baixos foram as selecionadas. A elaboração do material contratado foi auditada pela campanha e a documentação que comprova a elaboração e entrega do material, auditada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Após rigorosa sindicância, o TSE aprovou as contas por unanimidade", ressalta o coordenador jurídico da campanha presidencial.