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Controle a importados atingirá itens da construção civil

Barreira criada pelo governo atingirá principalmente produtos da China e da Coréia do Sul

Em outubro, foram US$ 11,361 bi de exportações e US$ 10,913 bi de importações (Bia Parreiras/EXAME)

Em outubro, foram US$ 11,361 bi de exportações e US$ 10,913 bi de importações (Bia Parreiras/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 20h18.

São Paulo - Produtos utilizados na construção civil, como metais e materiais elétricos, devem ser alvo dos novos procedimentos que o governo tomará para ter maior controle na entrada de importados no País. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Melvin Fox, a importação desses produtos aumentou muito nos últimos anos, principalmente, da China.

Após reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC) no Ministério da Fazenda, ficou acertado que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) terá duas semanas para apresentar alternativas para a implantação desses procedimentos para que os importados sofram as mesmas exigências de certificação dos produtos nacionais.

Segundo Fox, porém, ainda não há previsão para a implantação da medida porque não se sabe "as dificuldades para que esses procedimentos possam ser aplicados". Os setores da indústria nacional irão se reunir para apresentar ao governo os produtos mais sensíveis e que merecem atenção especial nesse processo. "É defesa comercial, não é protecionismo", acrescentou Fox.

Atualmente, segundo Fox, o Inmetro só faz essa fiscalização depois que os produtos já estão no mercado brasileiro. Com a mudança, a fiscalização será feita ainda na alfândega. Além do Inmetro, disse Fox, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderá participar desses procedimentos.

Máquinas e equipamentos

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, disse na tarde de hoje "que a barreira técnica" que será criada pelo governo atingirá principalmente as importações da China e da Coreia do Sul. Segundo ele, as compras da China cresceram 65% no primeiro bimestre do ano e 80% as da Coreia.

Ele disse que o déficit no setor de máquinas e equipamentos este ano deve chegar a US$ 30 bilhões, US$ 8 bilhões a mais que o saldo negativo da balança do setor em 2010. Neto reiterou que, em duas semanas, os setores produtivos e entidades de classe apresentarão ao governo os principais produtos que estão invadindo o país. Segundo ele, a Abimaq tem uma lista de 1.482 itens, como, por exemplo, injetores de plástico.

Neto disse que, há dez anos, havia 80 fabricantes de válvula e que hoje restaram apenas 10. "Muitos viraram importadores", contou. Ele disse que a barreira é emergencial, mas que por si só não resolve. Ele acredita que a medida vem acompanhar o que o mundo todo já faz que é proteger o mercado nacional.

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