Dirceu: algumas mensagens eram pedidos de emprego após a divulgação de que o hotel irá pagar um salário de R$ 20 mil ao condenado do mensalão (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 08h18.
Brasília - Ao empregar o ex-ministro José Dirceu, o hotel St. Peter viu ontem sua caixa de e-mail encher rapidamente com cerca de mil mensagens eletrônicas. Segundo um funcionário, 90% delas eram piadas e críticas à contratação de Dirceu, que está preso em regime semiaberto no Complexo Penitenciário da Papuda.
As demais mensagens eram pedidos de emprego após a divulgação de que o hotel irá pagar um salário de R$ 20 mil ao condenado do mensalão. O St. Peter, segundo um funcionário, não pretende desativar o "faleconosco@stpeter.com.br" ou criar mecanismos para impedir mensagens que citem Dirceu, apenas não irá respondê-las.
O St. Peter já foi morada, há dois anos, do também preso José Genoino (PT-SP). O deputado licenciado foi o único político a morar por um tempo em suas dependências. Atualmente, não há nenhum hóspede fixo no hotel.
Ainda não se sabe se Dirceu terá de usar o uniforme dos funcionários do hotel: camisa branca, calça e gravata de cor azul. Mas, certamente, ele terá direito a uma sala individual, como os outros gerentes, com telefone, computador e internet. O hotel oferece refeitório e sala de descanso, com sofás e televisão, além de vale-transporte.
O cargo de gerente administrativo, para o qual foi contratado, não existia. Foi criado, segundo o hotel, numa recente e providencial reforma administrativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.