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Contraf acredita que greve dos bancários ganhará mais força

Segundo ele, está prevista para amanhã (21), em São Paulo, uma reunião do comando de greve para definir estratégias de ampliação do movimento


	Adesivo de apoio à greve dos bancários é colado em uma agência de banco no RJ: Em nota, a Fenaban lamentou a decisão dos sindicatos dos bancários de recorrer à greve
 (Tânia Rêgo/ABr)

Adesivo de apoio à greve dos bancários é colado em uma agência de banco no RJ: Em nota, a Fenaban lamentou a decisão dos sindicatos dos bancários de recorrer à greve (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 13h04.

Brasília – O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, avalia que a paralisação dos bancários deverá ganhar força nos próximos dias.

Ontem (20), segundo dia de greve, a Contraf contabilizou 7.324 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados, o que corresponde a 33,3% do total (21.713). Na terça-feira, primeiro dia da paralisação, 5.132 agências ficaram fechadas.

“A cada dia de silêncio da Fenaban [Federação Nacional dos Bancos], a greve será maior do que no dia anterior”, disse Cordeiro à Agência Brasil.

Segundo ele, está prevista para amanhã (21), em São Paulo, uma reunião do comando de greve para definir estratégias de ampliação do movimento.

No último dia 12, a categoria rejeitou a proposta dos banqueiros de reajuste de 6% (0,58% de aumento real) e decidiu entrar em greve na terça-feira (18). Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.416,38 (atualmente é R$ 1,4 mil), participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários, elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da décima terceira cesta-alimentação, além da criação do décimo terceiro auxílio-refeição.


Os bancários querem ainda mais contratações, proteção contra demissões sem motivos e fim da rotatividade. Outra reivindicação é o “fim das metas abusivas e combate ao assédio moral”, além de mais segurança.

Ontem, a Contraf divulgou nota repudiando “a postura do Banco Itaú de ordenar o fechamento de caixas eletrônicos no espaço do autoatendimento das agências em várias cidades do país, com o objetivo de jogar a população contra os bancários”.

Em nota, o Itaú Unibanco disse respeitar o direito à greve. O banco também informou que mantém canais de atendimento disponíveis para os clientes efetuarem suas transações eletrônicas pelo telefone e internet. “Reforçando que mesmo em agências que foram interditadas pelo sindicato dos bancários e onde nossos funcionários foram impedidos de entrar para processarem os envelopes de depósito e pagamentos, buscamos manter a operação”, respondeu o banco.

O banco orientou os clientes a procuram “os mais de 3 mil pontos de atendimento, dando preferência ao Itaú 30 Horas, seja pelo telefone (4004-4828/ 0800-9704828) ou pela internet

A Fenaban também orienta os clientes a fazerem pagamentos de contas e tributos em caixas eletrônicos, centrais de atendimento, correspondentes bancários ou pela internet.

Em nota, a Fenaban lamentou a decisão dos sindicatos dos bancários de recorrer à greve, mas não deu sinalização quanto ao atendimento das reivindicações dos grevistas.

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