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Contra sovietização, militares da reserva apoiam Aécio

Documento do Clube Militar classifica a gestão do PT nos últimos 12 anos como "uma página negra de nossa história"


	Aécio Neves, candidato do PSDB: militares da reserva declararam apoio ao tucano
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Aécio Neves, candidato do PSDB: militares da reserva declararam apoio ao tucano (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 14h36.

São Paulo - O Clube Militar, que reúne militares da reserva e defende a ditadura militar que comandou o país entre 1964 e 1985, manifestou nesta quarta-feira apoio a Aécio Neves na disputa do segundo turno à presidência, por considerar que haverá um "aprofundamento do socialismo" se a presidente Dilma Rousseff for reeleita.

O grupo de militares da reserva indicou em comunicado que Aécio "é uma esperança concreta de por fim à era petista", no poder desde a vitória de Lula, em 2002.

O Clube Militar argumenta que o senador, ex-governador de Minas Gerais, possui "as credenciais necessárias para interromper o projeto de poder representado pelo PT, em marcha acelerada para a sovietização do país".

O documento classifica a gestão do PT nos últimos 12 anos como "uma página negra de nossa história".

Antes do primeiro turno, realizado no último domingo, quando Dilma foi a mais votada com 41,59% dos votos, e Aécio ficou em segundo com 33,55%, a entidade tinha manifestado publicamente seu apoio à Marina Silva (PSB), por considerá-la "a menos pior" para derrotar Dilma, que foi presa e torturada durante a ditadura militar.

Marina ficou em terceiro na disputa, com 21,32% dos votos.

Uma das iniciativas do governo Dilma mais criticadas pelo Clube Militar é a Comissão da Verdade, criada em 2012 para investigar os crimes da ditadura militar e cujo relatório final será apresentado no fim deste ano.

Segundo o comunicado, uma eventual vitória de Aécio "afasta a preocupação de vivermos no limbo de uma possível mudança de regime que nos colocaria à margem da democracia".

A Lei de Anistia de 1979, ratificada em 2010 pelo Supremo Tribunal Federal, impede a abertura de processos contra agentes públicos que violaram os direitos humanos durante a ditadura.

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