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Contra o frio, São Paulo monta tendas e abrigo em Metrô

Para dar assistência à população de rua, a Prefeitura de São Paulo monta tendas em pontos estratégicos da capital

Frio: baixas temperaturas podem ajudar na perda de gordura.  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Frio: baixas temperaturas podem ajudar na perda de gordura. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2021 às 08h22.

A chegada de uma nova frente fria em São Paulo mobiliza a Prefeitura da capital e o governo do Estado em uma força-tarefa para acolher moradores de rua e evitar mortes causadas pelas baixas temperaturas. Estão previstas ações como instalação de tendas para distribuição de sopas e o uso de uma estação do Metrô para proteger a população sem-teto.

Hoje, a temperatura mínima prevista para a capital paulista deve ficar em torno dos 4°C, de acordo com previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Nas áreas menos urbanizadas, principalmente no sul do município, os termômetros podem atingir os 2°C. A sexta-feira deverá ter a madrugada mais fria dos últimos anos.

Para dar assistência à população de rua, a Prefeitura de São Paulo monta tendas em pontos estratégicos da capital. Os espaços serão usados para distribuição de sopas, cobertores, agasalhos e kits de higiene a moradores de rua. A previsão da Prefeitura era fornecer cerca de 5 mil pratos por noite, além de distribuir 3,2 toneladas de agasalhos e cobertores obtidos em uma parceria com a Cruz Vermelha.

As tendas também contarão com atendimento médico fornecido por equipes do programa Consultório na Rua, iniciativa da pasta municipal de saúde com o centro social Nossa Senhora do Bom Prato. Além disso, serão disponibilizados ônibus para o transporte da população até os centros de acolhida pernoite da Prefeitura.

As tendas vão funcionar nas Praças da Sé, Princesa Isabel (Luz), Barão de Tietê (Mooca), Salim Farah Maluf (Santo Amaro) e Miguel Dell’erba (Lapa).

A Prefeitura também reforçou o atendimento em abrigos. Segundo a Assistência e Desenvolvimento Social, serão 817 novas vagas para abrigar a população em situação de rua. Localizadas em diversos centros de acolhida pela cidade, elas serão somadas às 340 já disponíveis em decorrência da Operação Baixas Temperaturas. Segundo a Prefeitura, desde o início da operação, em maio, 15 mil acolhidas já foram realizadas.

Emergencial. No centro da capital, a Estação Pedro II será usada como "acolhimento emergencial" para 400 pessoas em situação de rua durante a frente fria. A medida foi anunciada ontem pelo governador João Doria (PSDB). A estação, da Linha 3-Vermelha, fica próxima à Praça da Sé.

Segundo o governo do Estado, o abrigo na estação do Metrô funcionará até o dia 31 de julho. Exclusivamente masculino, o espaço vai oferecer alimentação, água potável, colchões, cobertores e 20 banheiros químicos entre as 20 horas e as 8 horas. "A segurança da região e dentro da estação estará reforçada pela Secretaria de Segurança Pública e pela Guarda Civil Metropolitana", informou o governo do Estado.

Uma equipe do Padre Julio Lancelotti, que trabalha no atendimento à população vulnerável, deve pernoitar com os abrigados para auxiliar no acolhimento. O governo anunciou ainda o envio de 83 mil cobertores térmicos, 2,3 mil agasalhos e 23 mil pares de meias aos municípios paulistas. O interior pode registrar temperaturas próximas de zero na sexta-feira. Segundo o Inmet, a mínima prevista para Campos do Jordão amanhã é de -3ºC. Itapeva, na região sudoeste, e Mogi Mirim, na leste, também devem registrar temperaturas baixas.

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