Pé de bebê recém-nascido: pesquisadores começaram a identificar que, além da microcefalia, uma parte de bebês apresenta também outros problemas de saúde (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 10h43.
"Há ainda muitos enigmas a serem decifrados", afirma o professor de infectologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Benedito Antonio Lopes da Fonseca, sobre a microcefalia relacionada a infecção vertical pelo zika.
Pesquisadores e médicos começaram a identificar, nos últimos dois meses, que, além da microcefalia, uma parte de bebês apresenta também outros problemas de saúde: alterações visuais, nas articulações, problemas de audição e, a mais nova suspeita, disfunções cardíacas.
A diretora do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto, Adriana Melo, afirma que algumas crianças, além de perímetro cefálico menor que 32 centímetros, apresentam alterações severas no cérebro. "Em alguns pacientes, o quadro é muito mais grave do que a microcefalia que conhecíamos até então."
A ligação entre essas manifestações e a infecção por zika ainda precisa ser melhor comprovada. A maior suspeita é que o feto seria infectado ainda nos primeiros três meses de gestação e, quanto maior a intensidade da doença na mãe e maior o contato do bebê com o vírus, mais graves serão os problemas apresentados. "Essa é uma hipótese", ressalta Fonseca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Texto atualizado às 11h40