Possível transmissão de zika no parto: apesar disso, a OMS insiste que não há indícios de transmissão pelo leite materno e apela para que as mães continuem amamentando (©AFP/Archives / Jean Ayissi)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 14h18.
Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga a possibilidade de que o zika vírus esteja sendo transmitido em relações sexuais. Em uma declaração emitida ontem em Genebra, a entidade ressaltou que novas pesquisas estão sendo feitas para determinar a dimensão do risco. "Zika foi isolado no sêmen humano e há um caso de possível transmissão sexual pessoa a pessoa descrito", indicou a OMS.
"Entretanto, mais evidências são necessárias para confirmar se o contato sexual é um meio de transmissão do vírus", afirmou a entidade.
Outra opção que é estudada pela OMS é a transmissão por sangue. "Zika pode ser transmitido por sangue, mas esse é um mecanismo pouco frequente."
Microcefalia
O principal temor da OMS ainda reside na possível ligação entre a infecção e a microcefalia, disse a diretora-geral, Margaret Chan. "Os indícios são preocupantes", apontou, alertando ainda que sintomas neurológicos também têm sido registrados.
"Pesquisas estão sendo feitas neste momento para tirar mais evidências sobre essa transmissão e entender melhor como o vírus afeta os bebês."
Apesar disso, a OMS insiste que não há indícios de transmissão pelo leite materno e apela para que as mães continuem amamentando.
No que se refere às grávidas, a entidade em Genebra pede que as mulheres sejam "cuidadosas" e visitem os médicos antes de viajar para regiões afetadas.
Mas não faz nenhum tipo de recomendação sobre adiar gravidez. A recomendação oficial é combater o mosquito e usar repelente e roupas longas.