Brasil

Conta de luz mais cara: Aneel anuncia bandeira vermelha 2 a partir de outubro

A nova bandeira tarifária começa já no dia 1º de outubro; no patamar 2, há um custo extra de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos

Bandeira vermelha: conta de luz fica mais cara a partir de outubro (Marcello Casal Jr / Agência Brasil/Reprodução)

Bandeira vermelha: conta de luz fica mais cara a partir de outubro (Marcello Casal Jr / Agência Brasil/Reprodução)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 27 de setembro de 2024 às 18h29.

Última atualização em 27 de setembro de 2024 às 18h39.

Tudo sobreAneel
Saiba mais

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de outubro, os consumidores de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) passam a enfrentar a bandeira vermelha, no patamar 2. Com a nova tarifa, haverá cobrança adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A média que os brasileiros do Sudeste usam por mês 167,8 kWh, segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética. Já no Centro-Oeste, a média é de 187,9 kWh e no Nordeste, 124 kWh.

Esse aumento é reflexo de dois fatores principais: o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). Ambos foram influenciados pelas previsões de baixa afluência de água nos reservatórios das hidrelétricas e pela elevação dos preços no mercado de energia elétrica ao longo de outubro.

A chegada da bandeira vermelha vem depois de uma longa sequência de bandeiras verdes, iniciada em abril de 2022. Em julho de 2024, a bandeira amarela foi ativada. A primeira bandeira vermelha veio no mês de setembro, no patamar 1, como resultado das secas que se alastraram na Região Sudeste e Centro-Oeste.

O impacto das bandeiras tarifárias no consumo de energia

O sistema de bandeiras tarifárias, introduzido pela Aneel em 2015, foi criado para informar os consumidores sobre os custos variáveis da geração de energia. Ele é determinado pela disponibilidade de recursos hídricos, pela adoção de fontes renováveis e pelo acionamento de termelétricas, que possuem um custo mais alto de operação.

Com essa sinalização, o consumidor tem a chance de ajustar seu consumo e, assim, evitar surpresas na conta de luz. Sob a regra anterior, os consumidores só percebiam o aumento no custo da energia nos reajustes anuais, sem a oportunidade de reagir em tempo real às variações nos preços.

A Aneel destaca a importância da conscientização e do uso eficiente da energia, mesmo em momentos de bandeira verde. A adoção de medidas de economia ajuda a preservar recursos naturais e garantir a sustentabilidade do setor elétrico no longo prazo.

Bandeira vermelha pode impactar a inflação

A nova cobrança tem um impacto direto na inflação, que pode fechar o ano acima da meta do Banco Central (BC) que é de 3%, sendo o piso de 1,5% e teto de 4,5%.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses até julho bateu 4,5%, ou seja, o teto da meta. Pelo Boletim Focus divulgado ontem, a projeção para o IPCA de 2024 subiu pela sétima semana seguida, passando de 4,25% para 4,26%, ainda sem considerar o efeito da bandeira vermelha nas contas de luz.

(Com Agência O Globo)

Acompanhe tudo sobre:AneelEnergia elétricaEnergia

Mais de Brasil

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp