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Conselho recebe na terça parecer final no processo de Cunha

A expectativa é que o parecer, que deve recomendar a cassação do mandato do peemedebista, comece a ser discutido pelo colegiado no dia seguinte


	Eduardo Cunha: o advogado Marcelo Nobre ainda não entregou a defesa final do peemedebista
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: o advogado Marcelo Nobre ainda não entregou a defesa final do peemedebista (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 17h08.

Brasília - O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), receberá na próxima terça-feira, 31, o relatório final do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A expectativa é que o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO), que deve recomendar a cassação do mandato do peemedebista, comece a ser discutido pelo colegiado no dia seguinte.

Com boa parte do parecer pronto, Rogério estava disposto a protocolar o documento um dia antes, mas Araújo não estará em Brasília na segunda-feira, 30, para receber o parecer.

O advogado Marcelo Nobre ainda não entregou a defesa final do peemedebista. O prazo da defesa termina na sexta-feira, 27.

A partir da entrega do parecer de Rogério, o presidente do conselho pode convocar uma reunião para as 24 horas seguintes. Essa reunião será destinada à leitura, discussão e votação do parecer.

O regimento prevê que qualquer conselheiro peça vista ao processo, o que adiaria a votação por dois dias úteis.

A votação em si deve acontecer entre os dias 7 e 9 de junho, dependendo das manobras regimentais que os aliados de Cunha utilizarem para adiar a votação.

Cunha é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras ao negar que tivesse contas no exterior.

O relator tende a incluir a informação de que as contas encontradas na Suíça - que o deputado afirma se tratar de trusts - eram abastecidas com dinheiro recebido supostamente de vantagem indevida, o que poderia aumentar as chances de aprovação do pedido de cassação de mandato.

Testemunhas investigadas na Operação Lava Jato afirmam que entregaram dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras a Cunha.

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