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Conselho debateria bastante cláusulas, diz Graça

Presidente da Petrobras reiterou que o resumo executivo de Pasadena não tinha menção às cláusulas de "Put Option" e "Marlim"

Presidente da Petrobras, Graça Foster, chega à CPI Mista que investiga supostas irregularidades na empresa
 (Pedro França/Agência Senado)

Presidente da Petrobras, Graça Foster, chega à CPI Mista que investiga supostas irregularidades na empresa (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 22h08.

Brasília - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta quarta-feira que cláusulas omitidas não foram apresentadas à diretoria executiva da companhia no momento da aquisição dos primeiros 50% da Refinaria de Pasadena, no Texas.

"Se as cláusulas tivessem sido apresentadas à diretoria, elas teriam sido levadas e seriam bastante discutidas no Conselho de Administração", completou.

A presidente da Petrobras reiterou mais cedo ainda que o resumo executivo de Pasadena não tinha menção às cláusulas de "Put Option" e "Marlim".

Segundo ela, no entanto, a diretoria internacional da empresa, que na época era comandada por Nestor Cerveró, conhecia as cláusulas. Ainda assim, Graça não culpou esta diretoria específica pela aquisição da refinaria, que a própria Petrobras hoje considera ter sido um mau negócio.

"A compra da Pasadena é de responsabilidade da diretoria colegiada, que a aprovou e a levou ao Conselho de Administração", completou.

Ela repetiu que o valor desembolsado pela companhia para adquirir 100% das ações da refinaria de Pasadena foi de US$ 1,249 bilhão, sendo US$ 429 milhões na primeira parcela e US$ 820 milhões na segunda parcela.

"O valor pago por barril de capacidade em Pasadena está em linha com outras aquisições para óleo leve. A compra de 50% da refinaria foi avaliada de forma positiva pelo mercado", alegou, ao mencionar diversas análises de bancos nacionais e estrangeiros.

Abreu e Lima

A presidente da Petrobras reconheceu que a Petrobras pode ter cometido erros durante a execução do projeto da Refinaria de Abreu e Lima, mas rebateu as críticas de que a companhia teria falhas de governança.

"Não podemos aceitar colocações de que não temos procedimentos e processos a seguir para aprovação de fases de projetos. Podemos ter cometido erros, mas foi um trabalho sério e técnico de quem fez a última refinaria em 1980. Abreu e Lima não foi feita sem zelo, sem cuidado", afirmou.

"O processo de construção de Abreu e Lima não é aleatório, tem um ritual", acrescentou. Graça voltou a dizer que a Petrobras tinha "o maior interesse" de que a estatal venezuelana PDVSA participasse do projeto com 40% do capital, mas reforçou que, diante da falta da parceria, a companhia brasileira assumiu todo o empreendimento.

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