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Câmara livra Jean Wyllys de cassação, mas dá advertência

O deputado cuspiu em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em abril do ano passado, na sessão que aprovou a abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff

Jean Wyllys: o processo administrativo contra o deputado foi proposto pela Mesa Diretora da Câmara (Representação 11/16), que pediu uma pena de seis meses de suspensão do mandato (Agência Brasil/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Jean Wyllys: o processo administrativo contra o deputado foi proposto pela Mesa Diretora da Câmara (Representação 11/16), que pediu uma pena de seis meses de suspensão do mandato (Agência Brasil/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2017 às 17h15.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 17h58.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou uma censura por escrito contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) por ter cuspido no também deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

O episódio aconteceu em abril do ano passado, na sessão que aprovou a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

A decisão foi contrária ao parecer do relator do processo contra Wyllys, Ricardo Izar (PP-SP).

Inicialmente, Izar havia pedido a suspensão do mandato do deputado do Psol-RJ por 4 meses.

Hoje ele mudou a recomendação para suspensão do exercício do mandato pelo prazo de 30 dias.

Mesmo assim, seu parecer não foi acolhido.

Ele teve 4 votos favoráveis e 9 contra.

Coube ao deputado Julio Delgado (PSB-MG) ler o parecer vencedor, pela censura, que recebeu 13 favoráveis e nenhum contrário.

Fim do processo

Com a censura, o processo se esgota e não será mais levado ao Plenário da Casa.

Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, proferir a censura.

O processo administrativo contra Jean Wyllys foi proposto pela Mesa Diretora da Câmara (Representação 11/16), que pediu uma pena de seis meses de suspensão do mandato.

Wyllys não participou da reunião de hoje do Conselho.

Entenda o caso

No final do ano passado os dois depuseram no Conselho de Ética.

Wyllys alegou que reagiu a ofensas homofóbicas de Bolsonaro, ditas anteriormente à data do episódio e também no dia.

Bolsonaro negou as ofensas e disse que que no dia do impeachment dirigiu a Wyllys apenas a frase “Tchau, querida”, um dos bordões da campanha contra Dilma.

O deputado do Psol votou contra a abertura de processo de impedimento da ex-presidente. Bolsonaro votou a favor.

Izar reconheceu que Wyllys foi provocado, mas afirmou que a atitude dele, ao revidar cuspindo, possui “natureza injuriosa” e é incompatível com o decoro parlamentar.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Agência Câmara.

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