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Conheça Rodrigo Maia, o novo presidente da Câmara

O representante da antiga oposição a Dilma bateu Rogério Rosso (PSD-DF), que era o nome preferido de Michel Temer (PMDB).

O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 14 de julho de 2016 às 00h29.

São Paulo – A Câmara dos Deputados elegeu na madrugada desta quinta-feira (14) o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o novo presidente da Casa. Eleito com 285 votos, o parlamentar ocupará a cadeira até fevereiro de 2017.

O deputado derrotou o representante do “centrão” Rogério Rosso (PSD-DF) em segundo turno. Desde o início, ambos eram cotados como favoritos. (Veja aqui como foi a sessão)

O novo presidente da Câmara é natural do Chile, tem 46 anos e é filho do ex-prefeito da capital fluminense, Cesar Maia (DEM-RJ). Em 1989, ingressou no curso de Economia na Universidade Cândido Mendes (UCAM), mas não concluiu o curso.

Em 1996, aos 26 anos, conquistou seu primeiro cargo público e se tornou o mais jovem Secretário de Governo da Prefeitura do Rio. Antes, foi funcionário dos bancos BMG e Icatu.

Seu início na política veio em 1998 ao ser eleito deputado federal pelo PFL. Foram mais de 96 mil votos.

Nessa época, foi um dos principais articuladores da refundação do partido, em processo que criou o DEM. Assumiu, portanto, como primeiro presidente nacional do partido, em 2007 — permaneceu no cargo até 2011.

Na Câmara, foi reeleito por três vezes consecutivas, nos pleitos de 2002, 2006 e 2010. Em 2012, o deputado tentou a sorte na disputa pela Prefeitura do Rio.

O resultado, porém, foi um vexame: com pouco mais de 95 mil eleitores ao seu lado, teve menos de 3% dos votos válidos. Voltou à Câmara em 2014, para seu quinto mandato em sequência.

Maia declarou ter R$ 736 mil em bens. Destacam-se dois imóveis como os mais valiosos: um apartamento em São Conrado (RJ) no valor de R$ 304 mil e outro em São Paulo (SP), de R$ 230 mil.

Sua campanha custou mais de R$ 2,3 milhões e foi financiada, majoritariamente, por doações do próprio pai (R$ 284 mil). Entram como doadoras também empresas como a JBS (R$ 100 mil) e banco BMG (R$ 550 mil), o mesmo acusado pelo Ministério Público de ter cometido gestão fraudulenta ao abastecer o mensalão.

Apesar de não ter pendências na Justiça, o deputado apareceu recentemente em investigação da Operação Lava Jato. De acordo com a revista Época, ele aparece em mensagens de celular trocadas com Léo Pinheiro, sócio da empreiteira OAS e amigo do ex-presidente Lula.

A suspeita é que a empreiteira pagou caixa 2 à campanha de 2014 do deputado.

Já sobre os Projetos de Lei (PL) criados pelo congressista, se sobressai o PL 5564/2013 que obriga a instalação de ar condicionado no metrô e nos ônibus. Segundo o texto, “estudos de medicina do trabalho comprovam que 45% de motoristas e cobradores sofrem com a vibração do motor dianteiro e o calor nos ônibus coletivos”.

Outro de destaque é o PL 7405/2014 que pede a redução da idade para o direito à gratuidade dos idosos nos ônibus de 65 para 60 anos.

Além das funções como deputado federal do Democratas, Maia atua como presidente da comissão especial da Câmara que discute a reforma política no Brasil. 

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