João Doria: cinco nomes anunciados para compor governo a partir de 2019 (Nelson Antoine/Folhapress)
Guilherme Dearo
Publicado em 12 de novembro de 2018 às 13h37.
Última atualização em 12 de novembro de 2018 às 13h50.
São Paulo - Iniciando o processo de transição no governo de São Paulo, o recém eleito governador João Doria (PSDB) terá a tarefa de, nas próximas semanas, definir todos os nomes que comporão suas secretarias a partir de 2019. Por enquanto, sete nomes foram oficialmente anunciados, três ligados ao atual governo de Michel Temer. No comando da equipe de transição, está seu vice eleito Rodrigo Garcia (DEM).
O primeiro nome a surgir foi a do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Depois, Doria anunciou os nomes de Rossieli Soares e Sérgio Sá Leitão. No dia 8, o futuro governador anunciou José Henrique Germann e Gustavo Junqueira. Hoje (12), entraram para a equipe Paulo Dimas Mascaretti e Célia Leão.
Confira todos os nomes já anunciados para compor o governo de Doria a partir de 2019:
Vai assumir: Casa Civil
Nome conhecido dos paulistanos, o político atualmente do PSD vai assumir a secretaria no governo de Doria após ser ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações no governo Temer. No segundo mandato de Dilma Rousseff, foi Ministro das Cidades. Antes, foi prefeito de São Paulo, vice-prefeito na gestão José Serra e deputado federal.
Atualmente, Kassab é réu em um processo de caixa dois. Em setembro um juiz da 9ª Vara da Fazenda Pública acatou a denúncia de responsabilidade civil por atos de improbidade administrativa contra ele. A ação foi proposta pelo Ministério Público de São Paulo. Atualmente ministro e futuro secretário de governo, Kassab manterá o seu foro privilegiado. Ele é acusado de ter recebido R$ 21,2 milhões via caixa dois pela Odebrecht de 2008 a 2014. Kassab nega as acusações.
Vai assumir: Educação
Soares é o atual Ministro da Educação do governo Temer. Advogado, foi Secretário de Estado de Educação do Governo do Amazonas e Presidente do Conselho Estadual de Educação do Amazonas entre 2012 a 2016.
Recentemente, sugeriu que, no governo de Jair Bolsonaro a partir de 2019, seria melhor unir o Ministério da Educação ao Ministério de Ciência e Tecnologia em vez de uni-lo ao de Cultura ou Esporte, como a equipe de Bolsonaro inicialmente sugeriu.
Sérgio Sá Leitão
Vai assumir: Cultura, agora rebatizada Secretaria da Cultura e Economia Criativa
Leitão é o atual Ministro da Cultura do governo Temer. Trabalhou como jornalista em publicações como Folha de S.Paulo e Jornal do Brasil antes de migrar para a política. Antes de assumir o Ministério da Cultura federal, foi chefe de gabinete de Gilberto Gil quando ele ministro da Cultura no governo Lula e também foi Secretário de Políticas Culturais do MinC. Também passou por Ancine e RioFilme.
Vai assumir: Saúde
O médico José Henrique Germann é, atualmente, diretor superintendente do Instituto de Consultoria e Gestão Albert Einstein. Seu currículo inclui graduação na USP, mestrado na FGV e doutorado também pela USP.
Vai assumir: Agricultura.
Junqueira é presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e vice-presidente do Conselho Empresarial da America Latina (CEAL) e do Instituto Pensar Agropecuária (IPA). Também é sócio-diretor da Brasilpar
Vai assumir: Justiça
Mascaretti é ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. O desembargador também já foi promotor, juiz e presidente da associação dos magistrados paulistas.
Vai assumir: Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Leão é deputada estadual pelo PSDB. Vereadora em 1996, ajudou na fundação do PSDB em Campinas, cidade onde tentou se eleger prefeita. Ela é paraplégica desde os 19 anos, quando sofreu um acidente de moto.
Sem confirmação, há indícios que Doria deverá nomear Mozart Neves Ramos, do Instituto Ayrton Senna, para cuidar da Secretaria de Educação.
Para a pasta de Segurança, há impasse, já que as polícias Civil e Militar pressionam para ter um dos seus no cargo. Há nomes como o deputado estadual e membro da Polícia Civil Delegado Olim (PP) e o deputado estadual Coronel Camilo (PSD), da Polícia Militar.
Outro nome da "lista de desejos" de Doria é Henrique Meirelles, que concorreu à presidência nas eleições 2018. Ele é cotado para assumir a secretaria da Fazenda.
Doria disse, em mais de uma oportunidade, que pretende enxugar gastos do governo de São Paulo, cortando secretarias. A equipe de transição do governo já trabalha a partir dessa diretriz, mas ainda é incerto qual secretaria será cortada.
Em seu Facebook, disse nessa semana: "Conforme prometido na campanha, faremos uma gestão moderna, enxuta e eficiente. Vamos reduzir o tamanho da máquina pública e os gastos com despesas administrativas".
Por outro lado, Doria também anunciou que uma nova secretaria, a do Interior, deverá ser criada.
Atualmente, há 25 secretarias compondo o governo de São Paulo: Administração Penitenciária, Agricultura e Abastecimento, Casa Civil, Casa Militar, Cultura, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Social, Direitos da Pessoa com Deficiência, Educação, Emprego e Relações do Trabalho, Energia e Mineração, Esporte, Lazer e Juventude, Fazenda, Governo, Habitação, Justiça e Defesa da Cidadania, Logística e Transportes, Meio Ambiente, Planejamento e Gestão, Procuradoria Geral do Estado, Saneamento e Recursos Hídricos, Saúde, Segurança Pública, Transportes Metropolitanos, e Turismo.