Brasil

Congresso não tem pressa para avaliar ICMS, diz Renan

"É fundamental baixar um pouco, deixar decantar um pouco e ver como retomar esta discussão", disse Renan Calheiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL): atualmente existem três matérias tramitando no parlamento sobre o assunto. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL): atualmente existem três matérias tramitando no parlamento sobre o assunto. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 13h49.

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou hoje (21) que o Congresso deverá analisar, sem pressa, as matérias que tratam da alteração nas regras de recolhimento pelos estados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS.

"O Brasil cobra muito essa unificação [da alíquota]. Conversei com Delcídio [Amaral] (PT-MS) ontem (20) e hoje devo telefonar para o ministro Mantega. É fundamental baixar um pouco, deixar decantar um pouco e ver como retomar esta discussão", disse Renan Calheiros.

Atualmente existem três matérias tramitando no parlamento que tratam de alterações das alíquotas do ICMS, criação de fundos de compensação aos estados – que terão perdas com as mudanças – e a convalidação [tornar legal] dos benefícios de isenções já concedidos a empresas pelos governos estaduais.

Relator do projeto de resolução que unifica as alíquotas de arrecadação do imposto em operações interestaduais, em apreciação no Senado, Delcídio Amaral qualificou de “problemão” a possível retirada do Congresso das convalidações de benefícios já concedidos pelos estados. “Esses benefícios são inconstitucionais. O problema é grave e as pessoas não imaginam como estão os empresários que investiram nos estados”, acrescentou o senador.

Ele ressaltou que pelo menos 40 ações diretas de Inconstitucionalidade (Adins) aguardam votação no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Essas Adins requerem a suspensão dos benefícios fiscais já concedidos pelos governadores, sem a anuência do Conselho Nacional de Política Fazendária, o Confaz.

O senador alertou para os riscos da suspensão dos benefícios nos estados. "Só quero ver a repercussão de uma súmula vinculante do STF sobre uma dessas Adins. Do dia para a noite os investimentos e empregos gerados pelas empresas que tiveram benefícios fiscais concedidos vão embora. A economia dos estados vai virar pó".

Acompanhe tudo sobre:CongressoICMSImpostosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosRenan Calheiros

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil