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Congresso define nesta terça CPMI para investigar delação da JBS

ÀS SETE - O ponto principal da investigação é o esclarecimento dos trâmites da delação premiada dos executivos do Grupo J&F

Ataídes de Oliveira: o presidente da CPMI, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), também deve indicar o relator, que será um deputado

Ataídes de Oliveira: o presidente da CPMI, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), também deve indicar o relator, que será um deputado

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 06h22.

Última atualização em 12 de setembro de 2017 às 07h14.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os trâmites da delação premiada dos executivos do Grupo J&F começa a se reunir hoje no Congresso. O presidente da CPMI, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), também deve indicar o relator, que será um deputado. Três parlamentares são candidatos, Carlos Marun (PMDB-MS), Hugo Leal (PSB-RJ) e Fernando Francischini (SD-PR).

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O senador afirmou que o ponto principal da investigação “é o esclarecimento dessa superdelação diferenciada”. Desde que foi criada, a CPMI passou a ser tratada por parlamentares que não concordam com a investigação como uma forma de retaliação ao Ministério Público Federal e aos executivos, principalmente Joesley Batista, tido como principal nome da empresa.

Ele, aliás, deve ser um dos primeiros convocados a depor, junto com seu irmão, Wesley Batista. O requerimento para que isso aconteça já foi feito por Ataídes e deve ser votado nesta terça junto com outros 70.

Mas a convocação mais polêmica deve ser a do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em meio às críticas, Ataídes afirmou que “dizer que nosso objetivo é retaliação das nossas autoridades e contra a Operação Lava-Jato, isso é um pecado. Nosso propósito é jogar luz sobre a coisa pública, que é o dever e a obrigação deste Congresso Nacional”.

No entanto, é grande a desconfiança de que a CPMI foi gestada dentro do Palácio do Planalto após a denúncia de Janot contra o presidente Michel Temer.

No sábado, Ataídes se encontrou com o presidente por 40 minutos no Palácio do Jaburu, embora não existissem “compromissos oficiais” dentro da agenda.

A desconfiança é reforçada porque o provável relator é Carlos Marun (PMDB-MS), que faz parte da chamada “tropa de choque” do presidente. Leal e Francischini, por sua vez, votaram a favor da primeira denúncia.

“O PMDB é o maior partido aqui no Congresso Nacional, e essa relatoria, como é costumeiro aqui dentro, ficaria com o PMDB.

Nós estamos conversando para ver se chegamos a um acordo, mas não vou comprar, evidentemente, encrenca com o maior partido do Congresso Nacional”, disse Ataídes. A CPMI tem tudo para ser mais um episódio edificante do Parlamento brasileiro.

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