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Congonhas: veja o que mudará no aeroporto após investimento de R$ 2 bilhões

Terminal terá novo saguão de embarque, mais posições para aviões e reformas na pista, entre outras novidades

Aeroporto de Congonhas: projeção de como deve ficar o terminal após as obras, previstas para conclusão em 2028 (Aena/Divulgação)

Aeroporto de Congonhas: projeção de como deve ficar o terminal após as obras, previstas para conclusão em 2028 (Aena/Divulgação)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 25 de março de 2024 às 10h17.

Última atualização em 25 de março de 2024 às 15h13.

O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, receberá 2 bilhões de reais em investimentos para ampliar sua capacidade de receber passageiros e aviões. 

A expectativa é que as mudanças permitam ao aeroporto aumentar o volume de passageiros dos atuais 22 milhões por ano para 29,5 milhões, até 2028, quando as mudanças deverão estar concluídas. 

O anúncio das mudanças foi feito em um evento no aeroporto nesta segunda, 25, com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. O ministro havia antecipado o investimento em entrevista à EXAME. 

A contratação das empresas que farão as obras será feita até novembro. As melhorias serão entregues aos poucos, até junho de 2028.

Entre as primeiras medidas a serem implantadas, estão a ampliação da sala de embarque remoto (quando é preciso pegar um ônibus até o avião) e a criação de um bolsão de espera para motoristas de aplicativo.

Os novos recursos virão da concessionária Aena, que assumiu o aeroporto em outubro de 2023 e fará sua operação por 30 anos. Veja abaixo a lista de mudanças: 

  • Novo terminal de passageiros, que deverá ter o dobro de área da atual. O novo espaço terá 105 mil metros quadrados. O espaço de embarque onde ficam os portões será de 36 metros de largura, a mesma do terminal 3 de Guarulhos.
  • Aumento do número das posições para os aviões, de 30 para 37, sendo 19 por pontes de embarque (ida do saguão direto ao avião). 
  • As novas posições serão capazes de receber aviões maiores, como o A321 e o 737 Max. Hoje, esses aviões não podem usar todas as pontes de embarque por falta de espaço.
  • Novas estruturas permitirão a retomada de voos internacionais.
  • Um hangar tombado pelo Patrimônio Histórico, hoje usado para manutenção, será convertido em um terminal de embarque remoto.
  • Mais 20 mil metros quadrados para lojas, cafés e restaurantes.
  • Novo pátio e área de taxiamento de aeronaves.
  • Melhorias nas pistas. 
  • Novos sistemas de processamento de bagagens.
  • Nova área para embarque em carros de aplicativo. Haverá também um bolsão de espera para os motoristas.
  • Mudanças na ordem de chegada: o embarque passará a ficar antes do desembarque, para quem vem de carro pelo túnel de acesso.
  • Ampliação da área de calçada na entrada do aeroporto.
  • Novo terminal para cargas.
  • Revitalização da fachada.
  • Estação de tratamento de esgoto.
  • Novo sistema de climatização.

Tarcísio disse esperar que a entrega das obras coincida com a entrega de uma nova linha de monotrilho, que conectará o terminal à estação Morumbi da linha 9-esmeralda. "Nossa meta é que até 2026 a linha 17-ouro esteja funcionando", disse o governador.

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Congonhas foi aberto em 1936

Congonhas é o segundo aeroporto mais movimentado do país, atrás apenas de Guarulhos. O terminal foi aberto em 1936 e passou por várias ampliações até chegar ao modelo atual.  Quando ele foi criado, ficava em uma área ainda pouco habitada da cidade. Com o crescimento de São Paulo, no entanto, ele acabou ficando cercado por casas e negócios, o que gera uma vantagem por ter fácil acesso a centros empresariais, como as regiões da Faria Lima e Berrini. A Aena estima que cerca de 10% do PIB do Brasil seja gerado na área em um raio de 15 km do aeroporto.

Mesmo com o aumento do volume de passageiros, as regras de limitação com a prefeitura, como a restrição a voos de madrugada, será mantida.

Quem é o grupo Aena?

O grupo Aena tem origem espanhola. Opera 46 aeroportos na Espanha, incluindo o de Madri-Barajas, e outros 33 pelo mundo, sendo 17 deles no Brasil, em nove estados. A lista inclui os terminais de Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju e Campo Grande.

A empresa se comprometeu a investir 12 bilhões de reais até 2028, divididos entre os 17 aeroportos operados pela empresa no país.

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