Brasil

Conflitos de terra deixaram 23 mortos em 2016, diz entidade

Ativistas foram mortos no Brasil até agora neste ano, com a maioria das mortes associada a conflitos relacionados com atividade madeireira e agrobusiness


	Terras: 23 ativistas foram mortos em 2016 por tentar proteger as florestas de atividade madeireira ilegal, da expansão de fazendas de gado e de plantações de soja
 (GettyImages/ Mario Tama/Staff)

Terras: 23 ativistas foram mortos em 2016 por tentar proteger as florestas de atividade madeireira ilegal, da expansão de fazendas de gado e de plantações de soja (GettyImages/ Mario Tama/Staff)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 19h08.

Rio de Janeiro - Mais de 20 ativistas dos direitos à terra foram mortos no Brasil até agora neste ano, com a maioria das mortes associada a conflitos relacionados com atividade madeireira e agrobusiness, mostraram dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta quinta-feira, reforçando a reputação do país como sendo perigoso para ambientalistas.

De acordo com informações da CPT, 23 ativistas foram mortos em 2016 por tentar proteger as florestas de atividade madeireira ilegal, da expansão de fazendas de gado e de plantações de soja.

Ao todo 50 defensores dos direitos à terra foram mortos no Brasil no ano passado, número acima dos 29 de 2014, segundo o grupo Global Witness, sediado no Reino Unido.

Divulgados um dia antes da abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, os dados indicam uma onda de repressão contra os defensores dos direitos à terra no maior país da América do Sul, com as populações indígenas particularmente afetadas, segundo ativistas.

“Para muitos visitantes da Olimpíada, o Brasil é sinônimo de florestas vastas, numerosas, e de formas de viver tradicionais”, declarou Billy Kyte, da Global Witness, em comunicado.  

"Mas as pessoas que estão tentando proteger isso estão sendo mortas num ritmo sem precedente."

Acompanhe tudo sobre:AmbientalistasAssassinatosCrimeMortesTerras

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022