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Conflito de facções deixa 3 detentos mortos em presídio no Acre

Segundo o governo do Acre, o conflito entre facções criminosas e os homicídios dentro dos presídios são uma ação nacional

Prisão: as 27 unidades da federação estão em alerta (John Moore/Getty Images)

Prisão: as 27 unidades da federação estão em alerta (John Moore/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 10h44.

O governo do Acre informou que as forças de segurança encerraram um conflito entre facções ocorrido em três pavilhões do presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco. A rebelião ocorreu por volta das 18 horas de ontem (20) e às 20h30 já estava controlada. Três detentos foram mortos e 20 ficaram feridos.

Segundo o governo do Acre, o conflito entre facções criminosas e os homicídios dentro dos presídios são uma ação nacional e as 27 unidades da federação estão em alerta.

No último domingo (16), pelo menos 10 presos foram mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, Roraima. O secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro, também atribui a rebelião a uma guerra entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho.

Na segunda-feira (17), oito detentos morreram asfixiados durante rebelião ocorrida na Penitenciária Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho, em Rondônia, também ocasionada por confronto entre facções, segundo o governo.

Tiroteio

Na terça-feira (18), também no Acre, houve tiroteio na Unidade Penitenciária 04, em Rio Branco, quando os detentos do regime semiaberto chegavam para dormir na unidade e foram surpreendidos por homens armados que os abordaram na entrada da penitenciária. Os agentes penitenciários reagiram e, junto com a Polícia Militar, controlaram a situação.

Segundo o governo acriano, o policiamento ostensivo nas ruas foi intensificado com o objetivo de encontrar pessoas ligadas à facções vindas de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. A polícia prendeu ainda dois agentes penitenciários suspeitos de fornecerem armas a detentos.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, já declarou que reduzir a superlotação do sistema carcerário seria uma das formas de combater as causas das rebeliões em presídios e disse que o governo está recolhendo informações para fazer uma avaliação do que está acontecendo dentro das cadeias de vários estados. O governo federal deve propor um mutirão para rever a situação de cerca de 100 mil presos provisórios em todo o país.

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