O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad: "A Expo seria um coroamento importante depois da Copa e das Olimpíadas" (Prefeitura de São Paulo)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 17h38.
São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, reuniu representantes das esferas públicas e civil para apresentar hoje o projeto do centro de convenções na região noroeste de São Paulo conhecido como “Piritubão”. O centro vai abrigar a Exposição Universal em 2020, caso a capital paulista seja escolhida sede do evento.
Para o prefeito, a candidatura da cidade foi uma “ousadia” do ex-prefeito Gilberto Kassab, fato que ele considerou positivo. De acordo com Haddad, o projeto elaborado agora em sua gestão “tem tudo para vencer”. Apesar disso, o prefeito afirmou que o centro vai ser construído independentemente da vitória de São Paulo “até porque esse evento acontece de cinco em cinco anos”.
“Temos uma nova rodada de apresentações em julho em Paris, mas eu acredito muito na vitória de São Paulo. Independente disso, o projeto combina muito bem com o que apresentamos na campanha eleitoral”, disse o prefeito, defendendo que o “Piritubão” não é um projeto “artificial”, mas faz parte da tendência natural da cidade.
Sem discorrer sobre números, a vice-prefeita Nádia Campeão mostrou planos para o largo centro de exposições na região de Pirituba. “É uma imensa oportunidade de desenvolvimento. Nossos grandes centros já estão com agendas praticamente lotadas. As grandes feiras precisam de mais espaço e instalações mais modernas”, afirma Nádia.
Segundo a vice-prefeita, o projeto é feito de maneira integrada com o governo federal, estadual e sociedade civil. Ele prevê integração com o futuro Trem de Alta Velocidade (trem bala) e acessibilidade também através do trem metropolitano de São Paulo. Nádia ainda afirmou que, caso São Paulo se torne sede do evento, o governo estadual já se comprometeu a finalizar uma linha nova do metrô até Brasilândia com uma conexão de monotrilho até o centro da exposição. Além disso, está prevista a modernização de estações já existentes.
Muitos dos pavilhões construídos para o evento seriam temporários, mas os que ficam, de acordo com a Prefeitura, devem sediar centros de cidadania, escolas técnicas, teatros, centros de artes e universidades públicas.
“Temos de pensar no legado pós 2020. O projeto tem de estar dentro da malha urbana da cidade”, disse a vice-prefeita.
Representando o governo federal, o ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse que São Paulo sediar o evento seria “cumprir o destino manifesto da cidade”, que é um polo no turismo de negócios. Apesar do otimismo generalizado no evento, Vieira relembrou que o complexo deve ser construído mesmo se São Paulo não for sede.
Para reiterar o discurso de que a cidade paulista representa não só uma candidatura brasileira como também latino-americana, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, discorreu sobre a importância de o evento ser em São Paulo “para que o mundo entenda que essa região está em pleno crescimento e tem enormes possibilidades. Buenos Aires dá seu apoio incondicional à São Paulo”, disse.
A capital paulista concorre com Esmirna (Turquia), Dubai (Emirados Árabes), Ayutthaya (Tailândia) e Ecaterimburgo (Rússia). Para Haddad, Dubai é a principal concorrente de São Paulo.