José Dirceu (foto), José Genoino e João Paulo Cunha foram excluídos corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) da chapa que apoia a reeleição do presidente do PT, Rui Falcão (Jamil Bittar/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2013 às 09h15.
Brasília - Condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os deputados José Genoino e João Paulo Cunha não integrarão mais o Diretório Nacional do PT, a partir de 2014.
O nome dos três foi excluído pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) da chapa que apoia a reeleição do presidente do PT, Rui Falcão.
"Eu não tenho preocupação em sair da chapa, mesmo porque não queria estar na direção desde que deixei a presidência do PT. Nunca reivindiquei nada e acho isso absolutamente normal", afirmou Genoino. Dirceu e João Paulo não se manifestaram.
A decisão de tirar Dirceu, Cunha e Genoino da cúpula do PT foi tomada depois que o Supremo decidiu pela punição.
Embora o PT tenha considerado o julgamento "político" e manifestado apoio público a seus réus, mantendo-os no comando partidário - na contramão do estatuto -, a avaliação foi de que agora eles não tinham mais condições de entrar na chapa.
No segundo semestre o Supremo julgará os recursos apresentados pela defesa dos réus e, se as condenações forem mantidas, todos podem ser presos.
A disputa pelo comando do PT em um ano pré-eleitoral, as dificuldades do governo após os protestos nas ruas, os percalços na economia e a crise com o PMDB são os principais assuntos da reunião do Diretório petista, que ocorrerá no sábado, com a participação da presidente Dilma Rousseff.
Dirceu e Genoino confirmaram presença no evento. A reunião foi programada para mostrar que Dilma não está isolada e conta com o apoio de seu partido para 2014. A eleição que vai escolher a nova cúpula do PT ocorrerá em 10 de novembro. Falcão é o favorito para continuar no comando.