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Concorrência aumentou na maioria dos cursos na Fuvest

Com a adoção pela USP do Enem como método alternativo de ingresso, total de vagas é menor e a concorrência, maior

Vestibular 2016: pela primeira vez, haverá cota de 37% para alunos da rede pública (USP Imagens/Divulgação)

Vestibular 2016: pela primeira vez, haverá cota de 37% para alunos da rede pública (USP Imagens/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de novembro de 2017 às 16h54.

Última atualização em 26 de novembro de 2017 às 16h56.

São Paulo - Um dos vestibulares mais exigentes do País, a Fuvest, que tem sua primeira fase neste domingo, dia 26 de novembro, impõe um novo desafio ano a ano aos candidatos. Com a adoção pela Universidade de São Paulo (USP) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como método alternativo de ingresso, o total de vagas em disputa pela Fuvest é menor e a concorrência, maior. Dos 105 cursos em oferta, mais da metade (58) teve aumento na concorrência em relação ao ano passado.

Os 137,5 mil inscritos vão concorrer a 8.402 vagas pela Fuvest - eram 8.734 na última edição. Neste ano, a USP reservou 25% das vagas (2.745) para serem disputadas pelo Enem. E, pela primeira vez, haverá cota de 37% para alunos da rede pública e, dentro desse grupo, 37% para pretos, pardos e indígenas (PPIs). Esse patamar de cota em cada curso será atingido com a reserva de vagas pelos dois sistemas: Enem e Fuvest.

"Sempre que há uma mudança nos vestibulares os alunos ficam apreensivos. Uma alteração como essa, que gera disputa mais acirrada, traz ansiedade ainda maior", diz Luís Gustavo Megiolaro, coordenador do pré-vestibular Poliedro. O mais importante, porém, segundo os professores, é manter a confiança e traçar uma boa estratégia para resolver a prova.

João Vitor Amaral, de 18 anos, busca vaga em Medicina, cuja concorrência dobrou neste ano - são 137 candidatos por vaga. "Por mais confiante que esteja do trabalho que fiz durante o ano, estudando de segunda a sábado e fazendo simulado todos os domingos, fiquei um pouco abalado", diz. Ele também prestou o Enem e, a depender da nota, pode tentar garantir a vaga na USP dessa forma. "Mas acho mais difícil, porque são poucas vagas pelo Enem e a nota de corte acaba sendo ainda mais alta do que pela Fuvest."

Segundo Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli, como o número absoluto de vagas pelo Enem é pequeno, os candidatos não sentem confiança em disputá-las apenas por essa via. "Eles acabam prestando dois vestibulares extremamente complexos e cansativos. Quem realmente quer a USP não arrisca tentar só por um dos meios."

Luana Garcia, de 17 anos, quer fazer Psicologia, outra carreira em que a concorrência aumentou. Ao ver a alta da disputa, ela reforçou o estudo em disciplinas em que tem mais dificuldade. "Comecei a estudar mais Matemática e Física."

Prova

A Fuvest, alertam os professores, é uma prova conteudista. Madson Molina, coordenador do Anglo, lembra que as questões costumam ser diretas, apesar de nos últimos anos ter havido inclinação para enunciados contextualizados. "Não é como o Enem, em que ele pode até acertar usando interpretação."

TV Estadão terá correção ao vivo

O estadao.com.br faz, a partir das 19 horas deste domingo, 26, a correção ao vivo das provas da primeira fase da Fuvest com professores e alunos do Curso Objetivo na página do Facebook (facebook.com/estadao). Dúvidas podem ser enviadas por meio de comentários durante a transmissão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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