Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 24 de setembro de 2024 às 07h51.
Os editais das concessões da Rota Sorocabana e da Nova Raposo preveem que as concessionárias que assumirem a administração das rodovias deverão realizar estudos detalhados do regime hidrológico para realizar melhorias com o objetivo de elevar a resiliência climática das estradas.
Segundo os documentos, o estudo hidrológico deverá avaliar a eficácia dos sistemas de drenagem existentes, levando em conta fatores como a frequência de chuvas, a inclinação do terreno, a velocidade do escoamento e as vazões máximas.
Também será necessário identificar as áreas críticas para erosões, assoreamentos e “voçorocas”, ou seja, a formação de grandes buracos causados pela água da chuva e intempéries em solos onde a vegetação não protege mais o solo, suscetível a enxurradas.
Caso sejam necessários ajustes nos sistemas de drenagem, a futura concessionária fará as intervenções necessárias conforme as diretrizes da Artesp, agência reguladora estadual.
Após análise, serão implantados dispositivos como bacias de amortecimento e sistemas de retenção para controlar e dissipar as águas pluviais, minimizando o impacto na região.
A documentação deverá ser atualizada a cada nova obra nas vias, além de uma versão atualizada a cada seis meses, para ser enviada para controle da Artesp.
De acordo com o governo, o objetivo da determinação em edital é garantir uma gestão eficiente das águas pluviais e aprimorar a infraestrutura rodoviária.
O que muda com a Nova Raposo Tavares — e por que parte dos moradores é contra o projetoOs dois lotes juntos têm 552 quilômetros de extensão — 460 km da Rota Sorocabana e 92 km da Nova Raposo.
A Rota Sorocabana estima um investimento total de R$ 8,8 bilhões, nos próximos 30 anos de concessão. O projeto inclui duplicações, a instalação de uma rede Wi-Fi gratuita para serviços de emergência, faixas adicionais e convênios com municípios para realizar obras em trechos locais.
Com 30 anos de concessão, o Lote Nova Raposo tem um investimento total estimado em R$7,3 bilhões. Segundo a administração estadual, 10 municípios serão beneficiados, incluindo Araçariguama, Barueri, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Santana de Parnaíba, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu das Artes.
As concessões também contarão com o Sistema Automático Livre (Free flow), permitindo a cobrança de tarifas sem cabines ou barreiras físicas, facilitando o pagamento sem parada.
A partir de 2025, motoristas terão uma redução média de 22% nos custos nas praças já existentes nos trechos já concessionados, nas contas do governo.
Além disso, haverá descontos para usuários frequentes: 10% para quem passar pelo mesmo trecho mais de dez vezes e 20% a partir da 21ª passagem. Veículos com tags também terão um desconto adicional de 5%.