Brasil

"Como teremos serenidade?", questiona procuradora da Lava Jato em SP

Pelo Twitter, Thaméa Danelon reagiu a pedido da ministra Cármen Lúcia diante da intolerância e da intransigência contra pessoas e instituições no país

STF: procuradora lembrou que tribunal não decidirá apenas sobre a liberdade de Lula, mas de todos os já condenados em 2ª instância na Operação Lava Jato (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

STF: procuradora lembrou que tribunal não decidirá apenas sobre a liberdade de Lula, mas de todos os já condenados em 2ª instância na Operação Lava Jato (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2018 às 15h19.

Última atualização em 4 de abril de 2018 às 15h24.

A procuradora Thaméa Danelon, da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, escreveu em sua conta no Twitter. "A ministra Cármen Lúcia disse que precisamos de 'serenidade', mas caso o STF solte condenados em 2ª instância tais como homicidas, estupradores, traficantes, corruptos e pedófilos, como teremos serenidade?"

https://platform.twitter.com/widgets.js

Na segunda-feira, 2, Cármen foi ao ar na TV Justiça para dizer que o Brasil "vive tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições". "Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade", disse.

"Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social. Serenidade para se romper com o quadro de violência. Violência não é justiça. Violência é vingança e incivilidade", alertou a ministra.

No Twitter, a procuradora Thaméa Danelon anotou nesta terça-feira, 3. "Ontem a ministra Cármen Lúcia disse que o Brasil vive tempos de 'intolerância'. E vive mesmo, intolerância contra a corrupção e a impunidade. Por conta disso, essencial para esse combate que o STF não mude seu precedente que autoriza a prisão após condenação em 2ª instância."

Thaméa seguiu. "A certeza da impunidade é uma das principais causas da corrupção. Quanto menor o risco de punição maior a audácia e as práticas corruptas. Nós queremos avançar ou retroceder nesse combate?"

A procuradora faz um alerta. "O STF não decidirá apenas sobre a liberdade do ex-presidente Lula, mas de todos os já condenados em 2ª instância na Operação Lava Jato, a qual correrá sérios riscos de prosseguimento com efetividade no combate à corrupção."

A procuradora enfatizou. "A sessão do STF será histórica. Vamos ver como decidirão os ministros, se (a) a favor ao combate à corrupção e à impunidade; em defesa da sociedade e do Estado Democrático de Direito; da segurança jurídica OU; (b) a favor de poucos poderosos."

Acompanhe tudo sobre:Cármen LúciaLuiz Inácio Lula da SilvaOperação Lava JatoSão Paulo capitalSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Em leilão sem disputa, consórcio Porto do Rio de Janeiro leva terminal RDJ11 por R$ 2,1 milhões

Prova de vida: o que fazer se não fui identificado no cruzamento de dados do INSS?

Oposição consegue número mínimo de assinaturas para pedir abertura de CPI do INSS

Saiba os melhores horários para evitar trânsito nas estradas no feriado de 1º de maio em São Paulo