Temer: viagem faz parte da estratégia eleitoral do presidente, que deve intensificar suas saídas de Brasília nas próximas semanas (Adriano Machado/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2018 às 06h33.
Última atualização em 9 de março de 2018 às 07h31.
O presidente Michel Temer vai hoje ao município de São Roque de Minas, em Minas Gerais, participar da cerimônia de lançamento do projeto para recuperação das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba.
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Desde que assumiu, em 2016, será a primeira vez em que o presidente visitará o estado, o segundo maior colégio eleitoral do país, com mais de 15 milhões de eleitores.
A viagem faz parte da estratégia eleitoral do presidente, que deve intensificar suas saídas de Brasília nas próximas semanas.
Também servirá para medir a popularidade do presidente depois da mudança de foco de seu discurso, que era pautado pela reforma da Previdência, para a segurança pública.
A vaga de candidato governista ainda está em aberto. O próprio presidente se movimenta para ocupá-la, mas seu nível de aprovação, que continua em 4%, dificulta o projeto.
Por muito tempo havia dúvida de quem seria o plano B do governo, se Rodrigo Maia (DEM-RJ) ou Henrique Meirelles (PSD-GO), mas ela se dissipou depois que Maia foi jogado para escanteio por Temer nas discussões sobre a segurança pública no Rio de Janeiro e eles passaram a trocar farpas publicamente. O presidente da Câmara acabou lançando sua própria pré-candidatura ao Planalto ontem.
No mês passado, Temer também teve problemas com o governador de Minas, o petista Fernando Pimentel, ao cortar o repasse 6 bilhões do Fundo de Participação dos Estados alegando que o estado não havia cumprido as obrigações para receber tal dinheiro. Mais tarde, o governo de Pimentel conseguiu reverter a decisão, mas acusou Temer de tentar desestabilizar o governo em ano de eleição.
Pensando em sua própria reeleição, Pimentel tenta manter o MDB, de Temer, dentro de sua coligação, mas o vice Antônio Andrade (MDB) planeja uma candidatura própria.
O pleito também está enrolado no estado para os principais adversários do governador, os tucanos do PSDB. O senador Antonio Anastasia não quer concorrer ao governo porque teme a impopularidade daquele que foi seu principal padrinho, Aécio Neves.
Ao mesmo tempo, é pressionado pelo partido, principalmente pelo pré-candidato à presidência Geraldo Alckmin (SP), que precisa de palanque para defender sua candidatura no estado.