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Como articulador, Temer ganha autonomia para fazer nomeações

A falta de poder para nomeações era apontada como o maior empecilho enfrentado pelos ministros que precederam Temer na função


	Temer e Dilma: o vice-presidente disse que, com autorização de Dilma, vai levantar cargos e demandas dos parlamentares como parte do trabalho de recompor a base aliada
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Temer e Dilma: o vice-presidente disse que, com autorização de Dilma, vai levantar cargos e demandas dos parlamentares como parte do trabalho de recompor a base aliada (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 07h52.

São Paulo - Ao assumir a função de articulador político do governo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) recebeu poderes da presidente Dilma Rousseff para decidir nomeações de cargos.

A falta de poder para nomeações era apontada como o maior empecilho enfrentado pelos ministros que precederam Temer na função durante o primeiro governo Dilma.

"A autonomia dele está dada pelo fato de que ele integra o governo, é do coração do governo, não é uma pessoa estranha ao governo. Ele vive o dia a dia do governo", respondeu a presidente ao ser questionada, em rápida entrevista, ontem, em Duque de Caxias (RJ).

Dilma disse que o vice "tem todas as condições" de desempenhar a nova função.

"Primeiro, ele tem a autoridade de ser vice-presidente. Segundo, tem experiência da vida dele, inclusive como presidente da Câmara Federal. Ele tem imensa capacidade para o diálogo, para construir consenso, para construir toda relação que é necessária em uma coalizão da envergadura da nossa", disse a presidente depois de participar da solenidade de entrega das chaves de 500 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida.

Parceria

Em São Paulo, o vice-presidente disse que, com autorização de Dilma, vai levantar cargos e demandas dos parlamentares como parte do trabalho de recompor a base aliada.

"A presidenta me deu poderes para tanto. Evidentemente, sempre conversarei com ela, mas eu tenho autonomia para fazer todos levantamentos não só nesse ponto", disse Temer, que minimizou a dimensão da crise política.

"Não há ingovernabilidade. Eu sou vice-presidente da República, quando a presidente me pediu (para assumir a articulação), ela disse ‘nós somos parceiros, você vai me ajudar a governar’", completou o vice.

Na quinta-feira, 9, Temer se encontrou durante uma hora e meia com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O tema principal da conversa foi a reforma política mas o vice-presidente revelou que Lula aprovou sua ida para a articulação política. "Delicadamente, ele disse que talvez eu me saia bem", afirmou.

A expectativa para a nova tarefa de Temer é "a melhor possível" também para Dilma.

"O vice-presidente, como qualquer pessoa que integra o governo, leva em consideração o fato de que a nossa base é integrada por diversos partidos", afirmou a presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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