São Paulo – Valorização de boas práticas na sala de aula, professores motivados, recursos bem alocados e investimento em pesquisa. Enumerar os fatores que contribuem para a melhora da educação é algo aparentemente fácil. Colocá-los em prática pode não ser algo tão simples — ainda mais numa época de recursos escassos. A partir de suas vivências, os palestrantes do
EXAME Fórum de Educação, que aconteceu nesta terça-feira (15), em São Paulo, mostraram o que dá para ser feito desde já para resolver um dos maiores desafios do país. “Embora haja contigenciamento [de recursos], o privilégio da área da educação é que ela lida com inteligência, que não é algo que pode ser contigenciado, mesmo em tempos adversos”,
disse Renato Janine Ribeiro, ministro da
Educação. Para Barbara Bruns, economista-chefe do
Banco Mundial na área de educação para América Latina e o Caribe, a questão mais urgente é a criação de políticas públicas que distinguam os bons dos maus professores. “O problema é que todos são tratados da mesma forma, mesmo aqueles com desempenho muito diferenciado. Os bons não recebem incentivo, os ruins não sofrem consequências”,
disse Barbara. A multiplicação das chamadas ilhas de excelência, instituições de onde saem talentos como
o matemático brasileiro Artur Avila, ganhador da Medalha Fields, foi outro ponto debatido. Responsáveis por três destas ilhas, César Camacho, diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Fernando Toshinori Sakane, reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Nelson Wolosker, vice-presidente do Hospital Albert Einstein, dividem a mesma opinião: é preciso diminuir a burocracia dentro das universidades e disseminar as práticas que dão certo. Navegue pelas imagens e veja no que todos eles apostam para que o Brasil dê um salto de qualidade na educação.