Sombra de John Coates, vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2016 às 16h32.
Rio de Janeiro - Os organizadores dos Jogos Rio-2016 anunciaram neste domingo que irão recorrer de uma decisão da Justiça que impede o Comitê Rio 2016 de receber recursos públicos, mas insistiram que terão os recursos necessários para concluir com sucesso a Olimpíada e realizar a Paralimpíada do mês que vem.
A juíza Marcia Maria Nunes determinou na noite de sexta-feira que os governos federal e municipal não poderão destinar 270 milhões de reais prometidos para ajudar a pagar pelas cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e da Paralimpíada.
"Podemos garantir que vamos responder de acordo com os instrumentos legais que temos amanhã cedo", disse o diretor de Comunicação da Rio 2016, Mario Andrada.
A decisão da juíza também impede que os organizadores façam qualquer pagamento com recursos públicos sob pena de pagamento de multa de 100 mil reais por dia.
Andrada se recusou a dizer se o dinheiro prometido já foi recebido e gasto pelo comitê, citando que o caso está na Justiça. Ele disse que existem negociações em andamento com o governo sobre financiamento.
"Seguimos convencidos da vontade do governo de nos apoiar quando precisarmos e temos negociações com patrocinadores que nos permitirão terminar os Jogos sem dívidas, e estarmos prontos para realizar a Paralimpíada no mesmo nível", disse Andrada.
O comitê organizador Rio 2016 reconheceu que a falta de recursos obrigou a redução de gastos para a primeira Olimpíada realizada na América do Sul.
Os organizadores também precisaram que o Comitê Olímpico Internacional (COI) fizesse algumas de suas contribuições financeiras meses antes do inicialmente planejado.
O diretor-executivo do COI, Christophe Dubi, disse que os organizadores tem um fundo de contingência para cobrir imprevistos, mas disse que a venda de ingressos, que está na casa de 100 mil por dia, vai ajudar na situação financeira dos Jogos.