Obras das Olimpíadas: organização está economizando recursos em serviços para não acumular deficit (Autoridade Pública Olímpica/Flickr/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2016 às 08h11.
Lausanne - Os organizadores dos Jogos do Rio decidiram realizar novos cortes em serviços para impedir que o orçamento estoure e que o evento acumule déficit.
Uma série de pedidos de federações esportivas e de comitês olímpicos está sendo rejeitada. Aluguel de carros, compra de impressoras, uso de serviços e até gasolina.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu antecipar o repasse de parte da verba que daria apenas em agosto para o Rio para ajudar os organizadores.
Mas também houve uma decisão de cobrar do presidente Michel Temer de que o governo acelere a liberação de recursos para segurança e energia.
O tema será debatido no dia 16 de junho, quando o presidente do COI, Thomas Bach, visitará Temer.
O vice-presidente do COI, John Coates, indicou que os organizadores admitiram para a cúpula da entidade que existem "riscos" nos próximos dois meses em relação ao orçamento.
Já em março, os brasileiros fizeram reduções de gastos de cerca de R$ 900 milhões na esperança de equilibrar as finanças.
Mas agora, o Comitê Rio-2016 está sendo obrigado a fazer mais cortes. Um dos itens que foi revisto é o uso de carros de golfe, que ficam à disposição em diversos locais das instalações.
Pelo plano inicial seriam 450 carrinhos, usados por juízes, atletas, dirigentes e até para levar comida a certos locais. O total foi reduzido em 50%.
Outro corte se refere à compra de impressoras. No plano original, o COI e as federações esportivas haviam solicitado 3 mil máquinas para que fossem colocados nas instalações, hotéis e escritórios.
Elas seriam usadas para imprimir súmulas de resultados, testes de doping e centenas de documentos. Mas o Comitê reduziu a compra para 1,9 mil impressoras.
Os organizadores também já começam a alertar as federações esportivas que dificilmente vão atender aos pedidos por novas instalações ou serviços.
Para tentar equilibrar o orçamento, o Rio-2016 negociou ainda um patrocínio com a Ipiranga que, em troca de publicidade, irá arcar com a gasolina para 4 mil carros usados no evento. A economia para os organizadores será de R$ 60 milhões.
Por fim, há três meses, os organizadores decidiram reduzir o padrão dos banquetes para os dirigentes esportivos, harmonizando a comida em todos os níveis do evento. Isso significou o corte de bebidas importadas e produtos de luxo.