Corte de gastos: a medida mais importante foi o cancelamento da arquibancada flutuante para 4 mil pessoas que seria construída na Lagoa Rodrigo de Freitas para as provas de remo (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 13h37.
São Paulo - O Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 confirmou nesta terça-feira uma série de medidas de redução de gastos como consequência direta da crise financeira vivida pelo país.
A medida mais importante foi o cancelamento da arquibancada flutuante para quatro mil pessoas que seria construída na Lagoa Rodrigo de Freitas para as provas de remo.
Além disso, foram diminuídos número de voluntários (70 mil para 50 mil) e de automóveis (cinco mil para quatro mil).
O Comitê decidiu também adiar a mudança do órgão para a Vila Olímpica de janeiro para março. Com isso, o comitê ainda não assumiu os custos de uso do local e tem acesso limitado à Vila. As estruturas para as arenas temporárias também sofreram mudanças e muitas delas receberão tendas para evitar a instalação de mais paredes.
"Difícil falar de quanto é o corte de gastos, pois vai de acordo com necessidades e também a variação cambial. Mas todas as estruturas temporárias sofreram racionalização", explicou Mário Andrada, diretor executivo de comunicação do Comitê Rio-16.
Mário Andrada revela que as medidas foram tomadas para garantir o equilíbrio do orçamento, estimado em R$ 7,4 bilhões.
"Nosso orçamento está equilibrado e vai até o fim. Nossa intenção é não utilizar recursos públicos. Se houver algum aumento, vamos buscar uma nova fonte de receitas", disse o dirigente.
No mês de dezembro, o Comitê Organizador da Olimpíada apontou que o orçamento um estouro de 9% (R$ 666 milhões) no orçamento e criou um grupo especial para rever contratos de fornecedores do evento.
Ainda de acordo com o dirigente, 90% das cotas de patrocínio já foram comercializadas. O Comitê busca ainda um parceiro para a área de combustíveis.