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Comitê mantém silêncio sobre crise da água

Sabesp alega que uma redução na vazão "implicará forte revisão da estratégia" e que "seguramente afetaria parte da economia alcançada"


	Cantareira: Agência Nacional de Águas defende que seja liberado um volume proporcional de água que chega às represas
 (Sabesp/Divulgação/ABr)

Cantareira: Agência Nacional de Águas defende que seja liberado um volume proporcional de água que chega às represas (Sabesp/Divulgação/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 12h05.

São Paulo - Sem consenso sobre o volume máximo de água que pode ser retirado do Sistema Cantareira para abastecer, hoje, cerca de 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas, o comitê anticrise liderado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) completa 50 dias de "silêncio", nesta quarta-feira, 20.

O último comunicado do grupo, criado em fevereiro para monitorar a seca histórica do manancial e recomendar ações de enfrentamento da crise aos órgãos gestores, foi publicado no dia 1.º de julho. A partir dele, ANA e DAEE decidiram reduzir o volume de água liberado para a Sabesp de 21.500 para 19.700 litros por segundo e manter 3 mil litros/segundo para Campinas.

A regra expirou no dia 15 de julho e, desde então, não houve nova definição de captação.

Além dos órgãos gestores, o grupo é composto por representantes da Sabesp e dos comitês das Bacias Hidrográficas do Alto Tietê, que abrange a Grande São Paulo, e dos Rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (PCJ), que engloba a região de Campinas. No comitê, a partilha da água que resta nos reservatórios do manancial não tem consenso.

A ANA, por exemplo, defende que seja liberado um volume proporcional de água que chega às represas. O objetivo seria tentar preservar os mananciais e manter uma reserva de 5% do volume morto para o período chuvoso, que se inicia em outubro e vai até março, caso a estiagem observada desde o fim de 2013 se repita neste ano.

Revisão

A Sabesp, por sua vez, alega em seu plano de contingência que uma redução na vazão "implicará forte revisão da estratégia" e que "seguramente afetaria parte da economia alcançada" com o programa de bônus e a redução da pressão da água à noite "sem proporcionar a certeza de que a contrapartida de redução de vazão seja substancialmente superior".

Procurado, o DAEE informou que "não houve alterações significativas do quadro de estiagem" e que "a não publicação de boletins não compromete a responsabilidade do grupo". A ANA não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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